domingo, 30 de setembro de 2012

Chegando ao alojamento - Boszorkány Kollégium - parte I

Continuação deste post, com algumas informações repetidas ou complementares sobre o que está neste outro aqui

Atualização (24/08/2013): Novo post aqui!

Na ficha de inscrição é possível optar por guest house (mais cara) ou dormitory - e, em qualquer um dos casos, por quarto individual ou duplo. Escolhi o dormitório, muito mais em conta.

Trata-se de uma residência universitária. No nosso curso, ficamos no Boszorkány Kollégium. O prédio, de oito andares, fica num conjunto de edifícios modernos situados numa região mais íngreme. Haja perna para subir as ladeiras até lá!

Perto do alojamento funcionam um clube e um "cachorródromo", isto é, um parque onde é possível deixar os cães soltos. Algumas pessoas apareciam por lá para treinar os totós.

O clube, muito procurado pelas famílias nessa época de férias de verão, libera a piscina para os alunos do curso. Nesse caso é preciso apresentar um documento de identidade. Não tenho como dar mais detalhes, pois não fui lá nenhuma vez.

A residência universitária estava passando por pequenas reformas. Ao chegar, fomos recebidas por um senhor que nos explicou algumas regras: não é permitido fumar dentro do prédio (nem nos quartos, onde os detectores de fumaça estão prontos para dedurar os fumantes teimosos), não é permitido mexer nas janelas (uns basculantes que abrem para dentro), somente no quebra-luz - essa regra foi terrível, pois estava muito quente e não tem ar condicionado -, é obrigatório deixar as chaves na recepção a cada saída...

O prédio é cheio de sinalizações de segurança: mapas de risco nos corredores e nas portas, extintores e saídas também devidamente sinalizados, luzes de emergência funcionando, alarme de incêndio idem (disparou duas ou três vezes e é bem barulhento!), escada de incêndio desimpedida... e tem que ser assim mesmo. O único ponto negativo ficou por conta da perda de credibilidade do alarme de incêndio. Da primeira vez que ele disparou sem ninguém ter descoberto o motivo, todo mundo foi para os corredores com cara de "ahn?". Da segunda vez já ninguém levou a sério; mas, como alguns colegas disseram, e se um dia (toc, toc, toc, bate na madeira) fosse realmente preciso evacuar o prédio? Isso lembrou meu emprego anterior, em que as simulações de acidente eram rotina. Daí a pouco todo mundo achava que tudo era simulação. Mas é preciso treinar as pessoas, não tem jeito!

Não sei se o dormitório tem quartos adaptados. O estacionamento tem vagas para deficientes e rampa de acesso até a entrada, os corredores são largos... mas no quarto em que fiquei, o piso do banheiro ficava uns 8 a 10 cm acima do nível do quarto e o WC não era adaptado.

Os quartos eram assim:



Cada hóspede tem duas chaves: a da porta comum (no meu caso, 305) e a do quarto (305-A ou 305-B). O detalhe é que os quartos não têm essa indicação na porta. Resultado: como os dois estavam destrancados e quase ninguém tinha chegado ainda, escolhi por acaso o 305-B. Claro que, pela lei de Murphy, o meu era o 305-A - e tive que fazer a mudança no dia seguinte quando a colega do 305-B chegou. Portanto, verifiquem bem as chaves.

Durante o semestre letivo, os estudantes são os responsáveis pela limpeza dos quartos. No nosso caso, mandaram equipes de limpeza duas vezes durante todo o curso. Se a ocupação for máxima (duas pessoas por quarto, o que significa quatro pessoas dividindo banheiro e WC), depois de uns dias pode ficar meio nojentinho. Isso pode acontecer até mesmo se forem só duas pessoas - basta que tenha algum indivíduo meio folgado. Minha dica é pegar quarto individual: você garante alguns momentos de privacidade e diminui um pouco esse problema de banheiros, sujeira, etc.

No próximo post falo mais sobre o alojamento. Agora vamos às fotos:


Damjanich utca, uma das ruas da vizinhança


"Cachorródromo" - não tenho ideia do que está escrito aí na placa!

Vista da minha janela

 Estacionamento, biblioteca e outro bloco do complexo

 Acesso aos outros andares

Corredor de acesso aos quartos e à escada principal

 Corredor. Às vezes o pessoal ficava estudando aqui (a iluminação é melhor do que nos quartos) ou jogando conversa fora

 Foto vergonhosamente desfocada mostrando o acionamento manual do alarme de incêndio no corredor

 Dois extintores, imagino que para classes de incêndio diferentes

Mais um detalhe do extintor

Escadas de emergência e o aviso: precisam ficar desimpedidas

 Detector de fumaça no corredor. Tem nos quartos também

 Mapa no corredor mostrando os extintores e rotas de fuga

 Foto terrivelmente desfocada mostrando as instruções de segurança afixadas na porta do quarto. De qualquer forma, estão em húngaro e eu não conseguiria entender o texto...

Detalhe do WC. A maioria das torneiras é acionada por uma alavanca que você levanta para regular a vazão, e gira para regular a temperatura. O problema é que elas são meio emperradas e eu sempre levantava tudo de uma vez. Resultado: levei muitos banhos! Ah, o sabonete líquido aí da foto já estava disponível quando chegamos

Detalhe do WC. O rejunte branquinho indica reforma recente. Os itens que aparecem aí na foto (escova, desodorizador sanitário e papel higiênico já estavam aí. Para repor o papel, é só pegar na portaria.

  Detalhe do quarto. Usei uma cama para dormir e a outra para deixar minha bagunça, já que optei por quarto individual. Esse quarto ficava no lado oeste e a janela praticamente não abria. Pensem num forno! Ah, sim: os lençóis e travesseiros são disponibilizados pelo alojamento. Para pegar um jogo limpo, é só deixar a roupa de cama usada com o pessoal da portaria. Não sei se durante o semestre tem um dia certo para fazer isso...

Escrivaninha, armários, prateleira, bagunça

Prateleiras do outro lado. Elas têm etiquetas com indicação da carga máxima

 Armário para ser dividido pelos dois ocupantes do quarto, se houver

2 comentários:

  1. Olá, Lia!

    Muito obrigado pelos posts, estão sendo importantíssimos, já que chego aí mês que vem. Uma dúvida: como você fez para optar pelo quarto individual? já foi combinado previamente?

    Valeu ;)

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    Respostas
    1. Oi, André! Se você for fazer o curso intensivo de húngaro (de verão ou de inverno), essa opção aparece no formulário de matrícula. Veja aqui (http://www.isc.pte.hu/index.php?mid=26), em "application form".

      Se você for fazer algum curso pelo Ciências sem Fronteiras, aí não sei como funciona. Mas encontrei algumas pessoas do CSF por lá e posso pedir para eles explicarem... se bem que, ao que parece, eles estavam dividindo quarto. Se você tiver Facebook, existe um grupo chamado "Ciências sem Fronteiras - Hungria".

      Ainda tenho assunto acumulado para escrever sobre minha estadia lá (mais voltada à questão dos cursos de húngaro mesmo, que foi minha experiência)... estou só esperando o recesso para colocar o blog em dia.

      Seja bem vindo e aproveite bem lá em Pécs! :-)

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