quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Chegada a Berlim - hotel e supermercado

[Continuação deste post]

Depois de ter chegado numa tarde chuvosa, descansei um pouco e fui explorar as imediações. Fiquei no Hotel Aquino, num dos bairros que o pessoal mais costuma recomendar nos blogs de viagem, o Mitte. Escolhi o hotel depois de ter visto muitas recomendações positivas no Trip Advisor. Eu tinha chegado a tentar outras opções - como o Circus Hostel, também muito bem recomendado por lá - mas, além de não ter dado certo a reserva pelo site do Circus, o preço de um quarto individual nem sairia muito diferente. E eu, no estado zumbítico pós-viagem, queria sim um pouco de privacidade.

Dei sorte. O Circus Hotel fica numa avenida movimentada que estava em obras e o barulho das máquinas não teria facilitado minha vida. Aliás, uma coisa que me chamou a atenção em Berlim: a cidade (ou pelo menos a região do Mitte) é um canteiro de obras! É metrô, é sistema de fornecimento de água, é restauração das fachadas... por toda parte se viam andaimes, tapumes e caçambas de entulho.

Já o Aquino fica numa rua mais residencial, recuado em relação à calçada. O nome do hotel é referência a Santo Tomás de Aquino e o hotel também funciona como centro de conferências da Igreja Católica. Isso explica a existência de uma capela no térreo (com missas diárias) e as pinturas nos corredores. Mas não tem clima de convento - o ambiente é de hotel mesmo e achei que valeu muito a pena ter ficado lá. Serviço atencioso e cuidado nos detalhes - como o bloco com o mapa das imediações no balcão, disponível para quem quisesse; a opção de pão sem glúten no café da manhã; ou o kit de material de escritório (grampeador, clipes...) na mesa do quarto. Banheiro grande, recém-reformado e com tudo arrumadinho: secador de cabelo, kits de higiene (inclusive algodão e cotonete)... bem, vamos às fotos:

A vista da minha janela dava para um cemitério. Parece mais um parque e era bem visitado


Eu já tinha comentado sobre janelas de tombar de eixo inferior aqui. Só que essa é diferente: tem um duplo sistema de travas, que achei simplesmente genial! Mais na próxima foto


Aqui ela se transforma numa janela de abrir francesa (eixo vertical, abre para dentro)


Corredor de acesso aos quartos





A conexão wireless estava fraca, mas o cabo de internet estava bem ao alcance e deu tudo certo. Embaixo da escrivaninha pode-se ver um minúsculo frigobar preto

Depois de me livrar do peso das malas e tomar um banho, fiz um reconhecimento rápido da área. Às 17 horas já estava totalmente escuro (é outono, os dias são mais curtos) e fui logo fazer compras, pois tinha lido que na Alemanha praticamente tudo fica fechado aos domingos. Então tinha que aproveitar o restinho do sábado.

Encontrei um supermercado e comprei umas coisinhas. Na saída, uma mulher com uma pilha de papéis: ela vendia o Motz, um jornal dos moradores de rua de Berlim. Eu já tinha visto uma reportagem sobre isso e me interessei. Custa 1,20 euros, dos quais 0,80 vão para a moradora de rua que vende. Por enquanto só dei uma folheada; em casa e com mais tempo vou ler direitinho e comentar por aqui.

O dia seguinte foi para passear com calma na cidade. Depois conto como foi!