domingo, 30 de setembro de 2012

Chegando ao alojamento - Boszorkány Kollégium - parte I

Continuação deste post, com algumas informações repetidas ou complementares sobre o que está neste outro aqui

Atualização (24/08/2013): Novo post aqui!

Na ficha de inscrição é possível optar por guest house (mais cara) ou dormitory - e, em qualquer um dos casos, por quarto individual ou duplo. Escolhi o dormitório, muito mais em conta.

Trata-se de uma residência universitária. No nosso curso, ficamos no Boszorkány Kollégium. O prédio, de oito andares, fica num conjunto de edifícios modernos situados numa região mais íngreme. Haja perna para subir as ladeiras até lá!

Perto do alojamento funcionam um clube e um "cachorródromo", isto é, um parque onde é possível deixar os cães soltos. Algumas pessoas apareciam por lá para treinar os totós.

O clube, muito procurado pelas famílias nessa época de férias de verão, libera a piscina para os alunos do curso. Nesse caso é preciso apresentar um documento de identidade. Não tenho como dar mais detalhes, pois não fui lá nenhuma vez.

A residência universitária estava passando por pequenas reformas. Ao chegar, fomos recebidas por um senhor que nos explicou algumas regras: não é permitido fumar dentro do prédio (nem nos quartos, onde os detectores de fumaça estão prontos para dedurar os fumantes teimosos), não é permitido mexer nas janelas (uns basculantes que abrem para dentro), somente no quebra-luz - essa regra foi terrível, pois estava muito quente e não tem ar condicionado -, é obrigatório deixar as chaves na recepção a cada saída...

O prédio é cheio de sinalizações de segurança: mapas de risco nos corredores e nas portas, extintores e saídas também devidamente sinalizados, luzes de emergência funcionando, alarme de incêndio idem (disparou duas ou três vezes e é bem barulhento!), escada de incêndio desimpedida... e tem que ser assim mesmo. O único ponto negativo ficou por conta da perda de credibilidade do alarme de incêndio. Da primeira vez que ele disparou sem ninguém ter descoberto o motivo, todo mundo foi para os corredores com cara de "ahn?". Da segunda vez já ninguém levou a sério; mas, como alguns colegas disseram, e se um dia (toc, toc, toc, bate na madeira) fosse realmente preciso evacuar o prédio? Isso lembrou meu emprego anterior, em que as simulações de acidente eram rotina. Daí a pouco todo mundo achava que tudo era simulação. Mas é preciso treinar as pessoas, não tem jeito!

Não sei se o dormitório tem quartos adaptados. O estacionamento tem vagas para deficientes e rampa de acesso até a entrada, os corredores são largos... mas no quarto em que fiquei, o piso do banheiro ficava uns 8 a 10 cm acima do nível do quarto e o WC não era adaptado.

Os quartos eram assim:



Cada hóspede tem duas chaves: a da porta comum (no meu caso, 305) e a do quarto (305-A ou 305-B). O detalhe é que os quartos não têm essa indicação na porta. Resultado: como os dois estavam destrancados e quase ninguém tinha chegado ainda, escolhi por acaso o 305-B. Claro que, pela lei de Murphy, o meu era o 305-A - e tive que fazer a mudança no dia seguinte quando a colega do 305-B chegou. Portanto, verifiquem bem as chaves.

Durante o semestre letivo, os estudantes são os responsáveis pela limpeza dos quartos. No nosso caso, mandaram equipes de limpeza duas vezes durante todo o curso. Se a ocupação for máxima (duas pessoas por quarto, o que significa quatro pessoas dividindo banheiro e WC), depois de uns dias pode ficar meio nojentinho. Isso pode acontecer até mesmo se forem só duas pessoas - basta que tenha algum indivíduo meio folgado. Minha dica é pegar quarto individual: você garante alguns momentos de privacidade e diminui um pouco esse problema de banheiros, sujeira, etc.

No próximo post falo mais sobre o alojamento. Agora vamos às fotos:


Damjanich utca, uma das ruas da vizinhança


"Cachorródromo" - não tenho ideia do que está escrito aí na placa!

Vista da minha janela

 Estacionamento, biblioteca e outro bloco do complexo

 Acesso aos outros andares

Corredor de acesso aos quartos e à escada principal

 Corredor. Às vezes o pessoal ficava estudando aqui (a iluminação é melhor do que nos quartos) ou jogando conversa fora

 Foto vergonhosamente desfocada mostrando o acionamento manual do alarme de incêndio no corredor

 Dois extintores, imagino que para classes de incêndio diferentes

Mais um detalhe do extintor

Escadas de emergência e o aviso: precisam ficar desimpedidas

 Detector de fumaça no corredor. Tem nos quartos também

 Mapa no corredor mostrando os extintores e rotas de fuga

 Foto terrivelmente desfocada mostrando as instruções de segurança afixadas na porta do quarto. De qualquer forma, estão em húngaro e eu não conseguiria entender o texto...

Detalhe do WC. A maioria das torneiras é acionada por uma alavanca que você levanta para regular a vazão, e gira para regular a temperatura. O problema é que elas são meio emperradas e eu sempre levantava tudo de uma vez. Resultado: levei muitos banhos! Ah, o sabonete líquido aí da foto já estava disponível quando chegamos

Detalhe do WC. O rejunte branquinho indica reforma recente. Os itens que aparecem aí na foto (escova, desodorizador sanitário e papel higiênico já estavam aí. Para repor o papel, é só pegar na portaria.

  Detalhe do quarto. Usei uma cama para dormir e a outra para deixar minha bagunça, já que optei por quarto individual. Esse quarto ficava no lado oeste e a janela praticamente não abria. Pensem num forno! Ah, sim: os lençóis e travesseiros são disponibilizados pelo alojamento. Para pegar um jogo limpo, é só deixar a roupa de cama usada com o pessoal da portaria. Não sei se durante o semestre tem um dia certo para fazer isso...

Escrivaninha, armários, prateleira, bagunça

Prateleiras do outro lado. Elas têm etiquetas com indicação da carga máxima

 Armário para ser dividido pelos dois ocupantes do quarto, se houver

Papo mulherzinha - testando removedor de esmalte - Isana

Eu sei... já voltei há mais de um mês e postei tão pouco da viagem até agora! Tenho muita coisa anotada, mas e tempo para organizar as informações? Um dia chego lá.

Falei no último parágrafo deste post que tinha comprado algumas futilidades cosméticas. A ideia é postá-las à medida que for usando. Então vamos nós!

A Isana é uma marca de produtos de beleza e higiene distribuída pela rede alemã Rossmann. A Rossmann e a DM são parecidas com as Drogasil da vida, com a diferença de que não vendem remédios (ou se vendem ficam bem escondidos, porque não vi): quer comprar band aid, absorvente, produtos de podologia, xampu, tintura para cabelo, barrinhas de cereal? Eles têm lá. E também têm produtos para limpeza da casa, ração para animais... vale a pena xeretar.

Existem várias redes alemãs na Hungria: Spar e Lidl (supermercados), Tchibo (cafeteria e utilidades domésticas), DM, Rossmann (as drogarias que citei), além de bancos. Isso quer dizer que muitos produtos encontrados no comércio têm embalagens escritas em alemão com etiquetas em húngaro. Se você faz parte da turma do "nem beszélek magyarul" ("não falo húngaro") mas sabe alguma coisa de alemão ("aftas ardem e doem" não vale, beleza?), isso vai facilitar bastante sua vida por lá.

Vamos então à resenha do lenço removedor Isana:


Ingredientes: MEK, água (ou algum tipo de solvente à base de água?), álcool isopropílico, acetona, extrato de Aloe vera, cocoato de glicerila PEG-7, perfume, benzoato de sódio, sorbato de potássio. Se química orgânica ou cosmetologia é sua área e você tem algum comentário a fazer, fique à vontade!


Aí diz que um lenço é suficiente para 10 unhas. Será mesmo? Vamos ver.

O produto vem em embalagens individuais que parecem aqueles envelopes de lencinho de avião. Aí diz que o produto remove até as cores mais escuras e contém substâncias que impedem o ressecamento das unhas. Além disso, são práticos para viagem. Precauções: bastante inflamável, mantenha longe das crianças.


Dentro de cada envelope vem uma tirinha de tecido embebida no removedor. O tecido é grosso, parece feltro. Cada tirinha mede algo em torno de 2 x 7 cm (chutômetro, pois não medi):

Na foto acima e nas próximas dei uma editada tosca na cutícula saltada e um pouco roída (vergonha!).

O removedor vem na quantidade certa: nem a mais, nem a menos. Mesmo que você aperte o lencinho com força contra a unha, o líquido não escorre  - o que acontece com os lencinhos que já usei antes - Océane, Carelife e Ricca, que vêm com removedores à base de óleo.

Aqui, depois de limpar as unhas da mão direita. Eu estava usando um esmalte cremoso sem nenhum tipo de complicação, como flocado ou glitter:


Aqui o outro lado do paninho. Realmente ele é mais espesso do que os lenços removedores que eu já tinha usado antes, que às vezes até se desfazem com o uso. 


Quando passei para a mão esquerda o lenço ainda tinha bastante espaço sem esmalte, como é possível ver pelas fotos acima. Só que ele já não parecia tão eficiente para fazer a remoção. Então parti para um segundo lencinho. Vejam como ficou:


Esse ficou ainda com mais espaço livre e estava mais úmido. Acho que eu teria conseguido limpar algumas unhas dos pés com ele.

Moral da história: um lencinho não bastou, mas dois foi um pouco demais...

E as unhas, como ficaram? Aqui:


Ainda sobrou um pouco de esmalte no indicador. As unhas e cutículas ficaram beeeem menos ressecadas do que quando uso acetona comum, mas um pouco mais do que quando uso os tais lencinhos embebidos em removedor oleoso. De qualquer forma elas já estavam ressecadas e fica difícil avaliar.

Vamos a uma coisa que muito interessa: o preço. Não lembro quanto paguei, mas na página da Rossmann está por 1,39 euros. 

Agora um resumo com os prós e contras:

Prós:
- eficiência: removeu mesmo e o melhor, não coloriu a pele da ponta dos dedos como costuma acontecer quando uso algodão com acetona. Usei uma vez para remover esmalte com flocado em alguns dedos e também funcionou bem.
- Não ressecou tanto como a acetona comum.
- Prático para viagens e para levar na bolsa.
- Não é melequento.
- Bom custo/benefício, se você for daquelas que conseguem aproveitar os lencinhos removedores até o bagaço.

Contras:
- O que mais me incomodou foi o cheiro forte. Não é cheiro de acetona - as fragrâncias da fórmula disfarçam bem -, mas percebe-se que é um daqueles produtos voláteis/inflamáveis/cheios de química. Isso é o que ainda me faz preferir os lencinhos oleosos; mas, quando os Océane da vida não resolvem (por exemplo, para tirar aquele esmalte com glitter ou quando você quer uma operação mais rápida), os da Isana podem ser uma solução.

Por enquanto é só. Até o próximo post!

terça-feira, 25 de setembro de 2012

Arrumando as malas - de Lisboa a Pécs

Fila para carimbar passaportes no aeroporto de Lisboa. Eu tinha lido mil histórias de gente que foi para a salinha, gente que foi mandada de volta e que mulheres viajando sozinhas estavam no "grupo de risco". Alguns dias antes eu tinha entrado numa paranoia porque minha carta-convite era emitida pela universidade - ou seja, eu ia fazer um curso; e será que minha viagem poderia ser considerada turismo? Engraçado que essas paranoias só vêm à cabeça faltando pouquíssimo tempo para a viagem.

Cursos, mesmo durando menos de 90 dias, são considerados turismo ou estudos? Na internet eu só conseguia informações contraditórias.

O site da embaixada da Hungria até que informa isso de maneira bem clara:

"Cidadão brasileiro com passaporte válido não precisa de visto para entrar na Hungria se sua estadia não ultrapassa 90 dias, sempre que o motivo da sua viagem não é uma atividade remunerada (trabalho)." [aqui]

E, como alegria de pobre dura pouco:

"Se entrar no território Schengen em outro País Membro (aeroporto de Lisboa, Madrid, Paris, Frankfurt etc.), o passageiro deve informar-se também na representação diplomática ou consular daquele país a respeito dos documentos necessários para entrar."

Só restava esperar que chegasse minha vez. E chegou, em menos de 10 minutos. O funcionário era uma simpatia (ahn? E eu tinha visto tantos relatos de terror na net...) e perguntou se eu também ia cantar no coral.

"Não..."
"Ainda não, né? Por quê?" [querendo me convencer a entrar no coral?! Como assim?]
"Ah, eu canto muito mal"
"Canta muito mal?" [rindo] "A senhora vai ficar em Lisboa ou fazer conexão?"
 "Bem, eu tenho 20 minutos para a conexão. Acho que já perdi."
O homem olha meu cartão de embarque, diz que dá tempo e indica por onde devo ir. Passaporte carimbado, rumo a Budapeste. \o/

Toda a simpatia dos funcionários da TAP e da imigração (e eu tinha lido tantas reclamações web afora) faltou nos funcionários da segurança do aeroporto. Abri a mala para mostrar o notebook, como tinham me mandado fazer no Brasil, e a funcionária faltou jogar a mala na minha cabeça. Segurança em aeroporto é uma coisa complicada: por mais que digam que os procedimentos são padronizados, minha experiência não foi bem assim: em alguns aeroportos o esquema é mais rigoroso que em outros e o resultado é que nem sempre todo mundo sabe o que fazer.

Passada essa etapa fui pegar o avião para Budapeste, que sairia com 40 minutos de atraso. Todos os voos na ida e na volta tiveram algum atraso, em alguns casos devido a excesso de tráfego no aeroporto. Fora isso, tudo nas viagens de avião correu superbem.

Em Budapeste, aeroporto lotado. Pegar bagagens, trocar uma pequena quantidade de dinheiro (a taxa de câmbio do aeroporto não vale a pena) e encontrar parte da minha família húngara. Também encontrei duas colegas da Espanha com quem eu já tinha entrado em contato pelo Facebook. Elas pegaram um táxi até a estação e eu fui de carona com os primos. Minidicionário a postos para um bate-papo no carro e ajuda para comprar o bilhete. 

Vista da estação - Déli Pályaudvar

Aqui mais informações sobre linhas e horários de trens na Hungria. Peguei o Intercity, que o pessoal do curso indicou como sendo mais rápido e confortável.

O trem já estava quase partindo quando chegou uma jovem com malas pesadíssimas falando inglês com um senhor que a tinha ajudado. Quando ela se sentou, perguntei se também ia fazer o curso. Ela fez uma cara de "ahn?!" e nos apresentamos - e descobrimos que já tínhamos conversado pelo grupo do Face. Minha vizinha de assento era alemã e ia cursar intercâmbio numa universidade em Budapeste.

Na estação seguinte, as meninas da Espanha embarcaram. Seguimos viagem por três horas até Pécs. Lá nos dividimos em dois táxis até o dormitório. Falei um pouco sobre ele aqui e vou falar mais no próximo post. Aguardem!

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Arrumando as malas

Logo que foi publicado - em outubro de 2011 - o calendário do curso de verão deste ano, mandei um e-mail para a secretaria e também fui providenciar a compra da passagem. Sim, comprei as passagens com oito meses de antecedência. O dólar estava ameaçando subir e, além disso, agosto é alta temporada... depois concluí que não teria feito tanta diferença no preço se eu tivesse esperado um pouco mais - digamos, até abril. Mas como adivinhar? Principalmente porque eu queria viajar no voo direto da TAP, que hoje é a única ligação direta de Brasília com a Europa.

Comprei a passagem em agência de viagens. Antigamente valia mais a pena fazer isso: algumas operadoras tinham promoções exclusivas para as agências. Hoje em dia, com a comissão que eles cobram, tem ficado cada vez menos interessante mas, para quem não tem experiência com viagens internacionais e/ou não quer comprometer muito o cartão de crédito, é uma alternativa. 

As janelas estavam bloqueadas: eu teria que viajar no corredor. Pedi alimentação vegetariana, que a TAP confirmou em poucos minutos. Fiz também o seguro obrigatório para entrar no espaço Schengen. Mandaram-me um link por onde eu poderia acompanhar os dados do voo e de vez em quando eu entrava lá para ver se tinham feito alguma alteração.

Fizeram! Em princípio eu teria umas dez horas entre o pouso e a decolagem em Lisboa. Depois de algumas semanas vi que o voo para Budapeste tinha sido alterado e esse tempo de conexão tinha sido reduzido para três horas. Achei ótimo: menos cansativo e eu chegaria a Budapeste durante o dia.

Chegou então o grande dia da viagem: 27 de julho, sexta-feira. Na hora do check in, o funcionário avisa que o voo sairia com duas horas de atraso. Risco de perder a conexão. E agora?

Fui à lan house do aeroporto, mandei um e-mail à professora que queria saber nossos horários de chegada e... dedos cruzados, rumo à área de embarque. Entre os passageiros estavam os participantes do Coral Brasília, que iam participar de uma competição na Rússia. Depois eu soube que: 1) eles venceram; 2) um dos meus companheiros de trabalho faz parte desse coral. Parabéns, pessoal!

Apesar da minha neurose com o horário da conexão, o voo foi tranquilo. Achei o atendimento simpático (tanto pelo pessoal de terra quanto pelos comissários) e a comida estava boa: na janta, um bolinho de soja com um tempero muito bom, arroz e legumes cozidos (berinjela, abobrinha, cenoura e brócolis). De manhã serviram tofu e uns leguminhos, além de salada de frutas.

O comandante avisou que a previsão de chegada a Lisboa era às 7:50, horário local. O embarque para Budapeste seria às 8:35. Ainda teria que passar pela imigração, descobrir o portão de embarque... é, a essa altura eu já tinha me conformado com a ideia de perder a conexão. O medo era que a bagagem fosse num voo e eu fosse no outro.

Qual foi o desfecho desse voo? Aguarde o próximo post!

PS: O problema dos atrasos parece que infelizmente é comum. Vejam também aqui e aqui.




quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Curso de verão em Pécs - inscrição e algumas dicas

Veja atualização (junho/2013) no final do post!

Este post é a continuação deste aqui. Viu a página do instituto? Lá tem algumas informações sobre o curso de verão 2012 neste PDF, inclusive a tabela de preços. Também tem a programação detalhada num arquivo xls.

Resumindo: para o curso de 4 semanas, os valores em euro foram:
- matrícula + curso (aulas e material): 80 + 670
 Opcionais:
- excursões: 180
- aulas de culinária ("cooking show"): 35
- alimentação: 140 (somente almoço) ou 340 (pensão completa)
- estadia: 350 ou 250 (quarto individual ou duplo no alojamento universitário); 600 ou 500 (individual ou duplo em pousada/hotel)

Na página do ISC/PTE você também encontra o formulário de inscrição. Lá você vai indicar a duração do curso (tivemos duas opções: 2 ou 4 semanas), o tipo de alojamento, os programas extras... e, no caso da alimentação, dizer se quer convencional ou vegetariana.

Agora mais algumas dicas:

- Os preços são calculados em euros mas, se você pagar na hora, o pagamento é na moeda húngara, o forint. Existe uma faixa de variação conforme a casa de câmbio, a operação (compra ou venda) e essas taxas variáveis podem dar prejuízo. Paguei o curso à taxa de 300 Ft/euro, mas eu tinha comprado os forint na casa de câmbio a 270 Ft/euro... ou seja, tive uma perda de 30 Ft para cada euro. Ao calcular o valor do seu curso, tenha uma margem de segurança de 10% ou mais! Veja atualização aqui (agosto/2013).

- Você não precisa escolher participar de todos os programas extras. Sugiro que nem faça isso! Deixe para escolhê-los individualmente no dia da matrícula: aí você vai ter acesso a uma programação mais detalhada e vai saber o custo de cada um. As excursões estavam por uma média de 40 euros cada uma (mas você não precisa se preocupar com nada: restaurantes durante as excursões, entradas de museus, tudo incluído); e alguns programas, como a exibição de filmes, são de graça. Outro motivo para pensar duas vezes antes de escolher todos os programas, principalmente na reta final do curso: é cansativo. Você vai receber muita informação o dia todo, todo dia. Nas últimas semanas o pessoal já nem estava indo para os filmes, as aulas de esporte... mas cada um é cada um. Se você quer aproveitar todas as oportunidades, mande bala!
Atualização (agosto/2013): na hora da inscrição, a secretária responsável perguntou se haveria programas extras e, diante do "sim", somou 90 euros. Aqui.

- Não sei de ninguém que tenha ficado no hotel. Um ou outro ficou em casa de família, mas a imensa maioria - inclusive eu - ficou no alojamento universitário (Boszorkány Kollégium). A universidade tem outros alojamentos (confira) e pode ser que, num próximo curso, os alunos fiquem numa instalação diferente. A propósito: "kollégium" não é "colégio", e sim "dormitório". Antes de pisar lá, eu pensava que o prédio tivesse funcionado como colégio interno em algum lugar do passado... Que nada, o prédio parece novo e vai merecer um post à parte.

- Optei por alimentação vegetariana - somente almoço. Recebemos os tickets no dia da inscrição. O café era servido no buffet da faculdade. O almoço era servido no Monarchia, que fica no caminho entre a universidade e o dormitório. O jantar era preparado no Monarchia também, mas - como pouca gente fez essa opção - eles mandavam as marmitas para o dormitório. Acho que fiz bem em não escolher pensão completa. Sou chatinha com essas histórias de comida, gosto de escolher o que vai no meu prato... e a ideia das marmitas não me agradaria nada. Fora isso, gostei de ter liberdade para passar no supermercado e simplesmente comprar algumas coisas para um lanche. Outro problema das marmitas é o risco de algum espertinho passar na recepção do dormitório e pegar a sua. Isso acontecia!

Minha dica é escolher somente almoço ou mesmo não incluir refeições, dependendo do seu grau de - ahn... - seletividade (aka chatice) com comida. Depois escrevo um post sobre o restaurante e comento um pouco mais sobre os prós e contras de lá.

E as aulas de culinária? Eram oferecidas aos domingos, também no Monarchia. Aulas práticas sobre comida típica húngara. Eu não participei porque:
- imaginei que a maior parte dos itens seria à base de carne (e foram);
- queria ter os domingos livres para morgar um pouco.
Então não sei como foi!

Não confundir "cooking show" (as aulas) e "cooking competition" (a competição de culinária típica, da qual falei aqui).

Para finalizar, uma perguntinha importante: quanto custou? O pagamento foi feito no dia da inscrição (domingo, véspera das aulas) e saiu por 405.900 forint, incluindo: 
- 4 semanas de curso;
- quarto individual no alojamento da universidade;
- alimentação: somente almoço;
- todas as viagens, excursões e visitas;
- lembrando que não me inscrevi nas aulas de culinária.

Tive um desconto de 10% por ter enviado a ficha de inscrição antes de julho, mas em compensação gastei mais que o previsto por causa da taxa de câmbio - já que o preço em forint foi calculado pela taxa mais alta. No geral gastei (fora a passagem aérea) uns 2.400 a 2.500 euros - incluindo muitos livros e alguns presentinhos. Acho que, eliminando uma ou outra despesa que não foi tão necessária assim, poderia ter gasto uns 2.100 a 2.200 euros e ter mantido o mesmo padrão. Como falei aqui, o custo de alimentação na Hungria é em geral mais baixo que no Brasil. Transporte, CDs e livros custam basicamente a mesma coisa que na Terra Brasilis. Ficar direto na mesma cidade ajuda a reduzir as despesas, ainda mais se quase tudo pode ser feito a pé.

Fez as contas? Quer fazer o curso? Então aguarde os próximos posts!

Atualização: 03/06/2013: às vezes o calendário pode ainda nem ter sido publicado no site da Universidade de Pécs, mas já estar disponível no site da Fundação Tempus (cursos para o Erasmus) ou do Instituto Balassi.

É possível candidatar-se a uma bolsa pelo Balassi para os cursos de verão ou mesmo a outros cursos (graduação, pós...). A boa notícia para os velhinhos como eu é que, para o curso de verão, não há limite de idade. \o/
Uma participante pelo Erasmus recebeu a confirmação da bolsa faltando uns 10 dias para o início do curso! Mas o mais comum foi receberem a confirmação faltando cerca de 50 dias. Minha dica é: vai se candidatar à bolsa? Considere deixar a grana das taxas reservada mesmo assim; além disso, tente comprar a passagem com uma boa antecedência. O que pode acontecer é você receber a bolsa e não ter que gastar a grana reservada.
Por que isso? Imagine que você deixe para comprar a passagem só depois da confirmação da bolsa. Se você gastaria, sei lá, uns R$2500-R$3000 comprando a passagem uns 4-6 meses antes, vai gastar pelo menos uns R$4500 comprando na última hora. E a vantagem de ter recebido a bolsa vai por água abaixo. Roubada, né?

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Cursos de húngaro, convênios, etc - organizando

Como os posts sobre cursos de idiomas e outras oportunidades de estudos estão espalhadas em vários tópicos, resolvi criar este índice para tentar colocar um pouco de ordem no galinheiro. Vamos lá:

- cursos de húngaro no Brasilaqui
 
- Cursos de húngaro na Hungria: Pécs, Debrecen, outras (ILC, Ulysses, Szeged, Pázmány Péter, Eötvös Loránd, Instituto Balassi).

- Cursos de húngaro em outros países: aqui

- Cursos intensivos de idiomas na Europa (não somente húngaro!): aqui o post sobre o EILC.

- Cursos regulares de outros idiomas no Brasil:  se você gosta de idiomas "menos convencionais", pode tentar o Serviço de Cultura e Extensão da FFLCH - USP (São Paulo) ou a UnB Idiomas, em Brasília, que está com cursos novos - por exemplo, coreano e esperanto - e abriu oferta adicional para o 2° semestre/2012.

- Bolsas, convênios e intercâmbio na Hungria e em outros países da Europa: aqui

- Sites de referência (exercícios online, dicionários, etc): aqui