terça-feira, 31 de dezembro de 2013

Rápidos comentários para fechar o ano

[Tem alguém aí?...]

É, 2013 está no fim. Não corri a São Silvestre (na verdade, o ano foi de sedentarismo total) e nem me dediquei ao blog como gostaria. Também não me alimentei direito. Aiai...

Mas o ano foi bom. Enfiei o pé na jaca fazendo DOIS cursos de idiomas na gringa. Quer melhor? [Só falta terminar de falar sobre eles aqui, mas beleza]

Depois de muito tempo sem tirar recesso no período de fim de ano, estou fazendo uma pausa no trabalho e tentando colocar a vida em dia. É bom ter um tempinho para se organizar (como vamos acumulando coisas e informações ao longo do ano!) e é algo que pretendo fazer também aqui no blog.

Feliz 2014!

sábado, 7 de dezembro de 2013

[Post relâmpago] Material de húngaro em Brasília (ou quase isso) e aviso aos visitantes

Siasztok!

É, gente... ainda não consegui voltar a postar no ritmo em que gostaria. :-(
Questões do trabalho e de família. Acho que até perto do Natal vai ser meio difícil aparecer por aqui.

Hoje o post é quase de utilidade pública, considerando as buscas que trazem a maioria dos visitantes ao blog: passeando na Livraria Cultura do Iguatemi, em Brasília, vi um livro de Francês da Assimil voltado a falantes de húngaro! Quase não acreditei, deu até emoção. Nunca vi até hoje material de/em húngaro sendo vendido aqui em Brasa city.

Enfatizando: o livro é voltado a falantes de húngaro que querem aprender francês, OK? Tem lá os textos em francês com as traduções e explicações em húngaro.

Acredito que o caminho inverso também possa ser feito: se você entende francês e lê os textos, pode explorar a parte em húngaro.

Perguntei a um dos vendedores como aquele livro poderia ter parado lá. Ele disse que a série Assimil é bastante popular e alguém pode ter feito uma encomenda. [E nesse caso será que a pessoa desistiu? Os livros encomendados ficam num setor separado. Ou será que o livro veio por engano?]

Enfim, achei interessante avisar. Estava por R$93, sorrindo para mim na seção de livros de idiomas, junto com os livros de francês. Não comprei por restrições orçamentárias, mas a tentação foi grande. Atualização (09/12/2013): voltei lá e comprei o danado do livro! :-)

[Não tenho nenhum livro da série Assimil. Vejo uma boa variedade deles na Cultura e na SBS. Sobre a metodologia, algumas observações aqui]

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Chegada a Berlim - hotel e supermercado

[Continuação deste post]

Depois de ter chegado numa tarde chuvosa, descansei um pouco e fui explorar as imediações. Fiquei no Hotel Aquino, num dos bairros que o pessoal mais costuma recomendar nos blogs de viagem, o Mitte. Escolhi o hotel depois de ter visto muitas recomendações positivas no Trip Advisor. Eu tinha chegado a tentar outras opções - como o Circus Hostel, também muito bem recomendado por lá - mas, além de não ter dado certo a reserva pelo site do Circus, o preço de um quarto individual nem sairia muito diferente. E eu, no estado zumbítico pós-viagem, queria sim um pouco de privacidade.

Dei sorte. O Circus Hotel fica numa avenida movimentada que estava em obras e o barulho das máquinas não teria facilitado minha vida. Aliás, uma coisa que me chamou a atenção em Berlim: a cidade (ou pelo menos a região do Mitte) é um canteiro de obras! É metrô, é sistema de fornecimento de água, é restauração das fachadas... por toda parte se viam andaimes, tapumes e caçambas de entulho.

Já o Aquino fica numa rua mais residencial, recuado em relação à calçada. O nome do hotel é referência a Santo Tomás de Aquino e o hotel também funciona como centro de conferências da Igreja Católica. Isso explica a existência de uma capela no térreo (com missas diárias) e as pinturas nos corredores. Mas não tem clima de convento - o ambiente é de hotel mesmo e achei que valeu muito a pena ter ficado lá. Serviço atencioso e cuidado nos detalhes - como o bloco com o mapa das imediações no balcão, disponível para quem quisesse; a opção de pão sem glúten no café da manhã; ou o kit de material de escritório (grampeador, clipes...) na mesa do quarto. Banheiro grande, recém-reformado e com tudo arrumadinho: secador de cabelo, kits de higiene (inclusive algodão e cotonete)... bem, vamos às fotos:

A vista da minha janela dava para um cemitério. Parece mais um parque e era bem visitado


Eu já tinha comentado sobre janelas de tombar de eixo inferior aqui. Só que essa é diferente: tem um duplo sistema de travas, que achei simplesmente genial! Mais na próxima foto


Aqui ela se transforma numa janela de abrir francesa (eixo vertical, abre para dentro)


Corredor de acesso aos quartos





A conexão wireless estava fraca, mas o cabo de internet estava bem ao alcance e deu tudo certo. Embaixo da escrivaninha pode-se ver um minúsculo frigobar preto

Depois de me livrar do peso das malas e tomar um banho, fiz um reconhecimento rápido da área. Às 17 horas já estava totalmente escuro (é outono, os dias são mais curtos) e fui logo fazer compras, pois tinha lido que na Alemanha praticamente tudo fica fechado aos domingos. Então tinha que aproveitar o restinho do sábado.

Encontrei um supermercado e comprei umas coisinhas. Na saída, uma mulher com uma pilha de papéis: ela vendia o Motz, um jornal dos moradores de rua de Berlim. Eu já tinha visto uma reportagem sobre isso e me interessei. Custa 1,20 euros, dos quais 0,80 vão para a moradora de rua que vende. Por enquanto só dei uma folheada; em casa e com mais tempo vou ler direitinho e comentar por aqui.

O dia seguinte foi para passear com calma na cidade. Depois conto como foi!




quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Perdida em Göttingen - de novo!

É, hoje me perdi de novo! Mesmo com o mapa. As ruas vão mudando de nome, é uma coisa de louco. Fui parar num parque, chateada por ter um tanto de coisas para fazer e ainda perder tempo dando voltas (perder-se um pouco pode ser uma boa forma de conhecer a cidade, mas se você só chega aos lugares por tentativa e erro... não adianta nada!). 

Daí vem um menino de uns 3-4 anos na minha direção e solta um "Hallo, du!". Achei fofo e respondi logo com um "hallo", pensando: se ele quiser doces de Halloween, não tenho nada aqui comigo. :-(  . Então vem a mãe dele logo atrás dando bronca: "Não é assim que se fala com as pessoas!". E assim se encerrou minha conversa com o pequeno alemãozinho...

terça-feira, 29 de outubro de 2013

Perdida em Göttingen!

Furando a ordem cronológica (tem alguma ordem nesse blog?). Hoje resolvi sair do supermercado rumo ao centro e... peguei a rua errada. Como aqui muitas ruas não fazem ângulo de 90 graus, isso quer dizer: quanto mais você tentar consertar a besteira, mais se afunda nela. Como areia movediça.
Resultado: depois de 2h andando a esmo (com chuva, frio, minhas mãos ficando dormentes e eu sem luvas - espero que minha mãe não leia isso), fui bater na estação ferroviária e de lá peguei um táxi.
Quando chegou perto do instituto, ele começou a puxar conversa. E quem disse que entendi alguma coisa? Frustração total com minhas habilidades na língua de Goethe! Cereja do bolo.
Amanhã (ou quando puder postar) vou falar de coisa boa, vou falar de Tek Pix. Mas agora eu tinha que botar a tecla no trombone. :-O

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Destino: Berlim

Passada a fase de inscrição, o passo seguinte era comprar a passagem.

O documento que recebi do Goethe depois de confirmada a inscrição dava algumas orientações para quem desembarcasse nos aeroportos de Hannover ou Frankfurt.

Só que Hannover não recebe voos diretos do Brasil. E para Frankfurt, as opções de voo que apareceram nas simulações eram as piores possíveis: ou maluquices de mudança de aeroporto (exemplo: desembarque em Viracopos e embarque em Guarulhos 22 horas depois) ou tempo de conexão muito reduzido... então optei por viajar para Berlim pela TAP. Brasília - Lisboa (com pouco mais de 3h para fazer a conexão, o que achei bem razoável) - Berlim.

Os voos foram tranquilos. O embarque em Brasília está um pouco prejudicado pela reforma do aeroporto (ficar em pé numa longa e parada fila, e respirando aquele cheiro de solda e solvente é meio incômodo), mas o importante é que deu tudo certo. Na sala de embarque, um sujeito usava uma camiseta com mensagem canábica explícita. Devia ser cidadão da UE, porque arriscar encrenca na imigração é muita loucura mesmo. Fiquei só na curiosidade, pois não sei que rumo ele tomou. 

Talvez pelo pouco contato com a equipe do Goethe antes do curso, não consegui antecipar a emoção da viagem. Ficava todo mundo me dizendo: "e aí, pronta para o grande dia?" e eu: "é mesmo...". Não que eu não estivesse feliz. Simplesmente parecia tudo muito distante. Mesmo na sala de embarque em Lisboa, ainda não tinha caído a ficha (!). Com um numeroso grupo de russos em excursão, nem o idioma das conversas alheias me ajudava a entrar no clima. A decolagem teve um atraso de 30 minutos. Nada que tenha complicado a viagem.

Então o avião pousou e a ficha desceu. Finalmente! Acho que outro motivo para eu ter demorado a absorver a ideia do curso foi o medo: medo de não conseguir me comunicar e ficar frustrada. Na Hungria eu não tinha isso, porque não tinha grandes expectativas sobre minhas possibilidades de comunicação. Já sei que sou iniciante (OK, A2: "falsa iniciante") mesmo!

Berlim tem dois aeroportos funcionando: Tegel e Schönefeld. A TAP voa para esse último. Um terceiro aeroporto, que deve substituir esses dois, está em construção. Mais explicações aqui, com todas as orientações direitinho sobre como sair dos aeroportos rumo à cidade.

Já na área da esteira de bagagem tem um painel explicando as opções de transporte. Eu já tinha impresso algumas orientações antes de viajar. Só que o sistema de transporte em Berlim é tão perfeitinho que parece ser feito para pessoas perfeitinhas e eu estava me sentindo a arigó-master que não conseguia localizar a estação para pegar o trem RB14. Até que, pelas tantas, pedi ajuda a um sujeito com cara de estudante. Ainda bem. A estação é próxima (acho que dá uns 200m), mas não é visível para quem está na área dos táxis e ônibus.

Também tive medo de não saber como validar o bilhete e pedi ajuda a outro universitário. Fiz a validação numa das máquinas que ficam na plataforma. O processo é simples: você insere o bilhete e a máquina faz um furinho. Veja aqui.

Viajei com 24kg de malas - sem falar na bagagem de mão, bem pesada. Como é chato pegar transporte coletivo com essa tralha toda! Mas não teve jeito: precisei trazer alguns livros (para outro curso que estou fazendo) e roupa de frio.

Enfim... desci na estação Friedrichstrasse e, em vez de pegar mais transporte coletivo, optei por um táxi até o hotel. Assim ficaria logo livre daquele peso todo e poderia tomar uma ducha quentinha. Ah, para montar os roteiros em Berlim é só usar esse planejador de rotas.

A corrida de táxi saiu por uns 10 a 11 euros. O taxista não me destratou nem nada, mas senti que ele parecia meio impaciente enquanto eu catava as moedas para tentar pagar no valor certo. Não consigo identificar moedas de euro à primeira vista, e tenho percebido essa "angústia" por parte do pessoal. O resultado é que tenho pago muita coisa em cédulas... e não é bom acumular moedas, pois as casas de câmbio no Brasil geralmente não aceitam trocá-las [consegui fazer isso só na Confidence, e em condições bem específicas: moedas acima de 50 centavos, totalizando no mínimo 20 euros].

Outra coisa que notei é que os taxistas parecem não ser puxadores de conversa. Ao menos isso não aconteceu em nenhum dos três táxis que peguei até agora. 

Bem, pessoal... o hotel vai merecer um post específico. Por enquanto vou ficando por aqui.

Tschüs!

Rumo a Göttingen - inscrição e preparativos

[Obs: Veja também o link para este outro post, que trata do mesmo assunto.]

Voltando no tempo...

Terminado o curso que fiz em 2012, não é que tinham sobrado uns euros? E a vontade de fazer outro curso de idiomas em 2013... o curso de húngaro deixou um gostinho de quero mais. Só que, depois de trocentos anos fazendo curso de alemão (com interrupções também de trocentos anos), essa foi outra tentação que apareceu. Aí foi seguir a filosofia de "na dúvida, escolha os dois".

Objetivamente falando: acho que um curso de 4 semanas dá um custo-benefício muito melhor que dois cursos de 2 semanas cada um, e sai mais barato também. [Pretendo criar um post comentando o que achei da minha evolução após esses cursos de curta duração, mas vou deixar para quando terminar meu curso aqui]. Mas, como nem tudo na vida é objetividade, resolvi fazer assim.

Marquei minhas férias no final do ano passado, quando os calendários dos cursos de Pécs e de Göttingen (ah, estou fazendo no Instituto Goethe) já tinham sido publicados. Juntei mais uma grana no primeiro semestre e tive a felicidade de fazer o câmbio antes da alta do euro. Isso foi decisivo. Ano que vem a ideia é ficar quietinha... para que meu salário fique igualmente quietinho. Já meti o pé na jaca este ano!

Aqui tem todas as orientações: calendário, ficha de inscrição... é só preencher e enviar.

E por que não fiz o curso de alemão logo em agosto, emendando com o curso de húngaro? Teria evitado a despesa de atravessar o oceano duas vezes!

Verdade. Só que, quando pesquisei os preços de passagens no Skyscanner, os voos entre Budapeste e as principais cidades da Alemanha estavam bem inflacionados - acredito que porque os  voos das empresas low cost ainda não estavam disponíveis. Se bem que no meu caso, com um tanto de bagagem, as low cost provavelmente sairiam bem pesadinhas também. Além disso, os cursos do Goethe no alto verão são do tipo "língua e cultura" em vez de serem só de idioma, e com isso as taxas saem mais pesadas. É lógico que meu esquema ficou mais caro, mas imaginei (um tanto erroneamente) que não sairia tão mais caro assim.

E por que em Göttingen? Achei o perfil meio parecido com o de Pécs: cidade medieval, porte médio (ou seja: muita coisa se resolve andando a pé), universitária (o que quer dizer: muita programação acessível a estudantes com pouca grana). Além disso, o curso aqui acaba em 09/11, e não em 12/11 como na maioria das cidades - o que me daria problemas com a data do retorno das férias. Aqui tem casa de hóspedes, que funciona no mesmo prédio do instituto. E a região é conhecida por se falar um alemão bem próximo do Hochdeutsch, que é o que se aprende nos cursos.

Em abril fiz minha inscrição. Pagamento adiantado (eles só confirmaram a inscrição depois que foi confirmada a transferência bancária); não sei se essa parte é negociável... pelo que andei vendo, é uma condição obrigatória.

Por que o Goethe? Até pesquisei opções mais em conta. O problema é que esbarrei em algumas coisas com más referências e, como já fiz curso no Goethe, tinha mais confiança neles. De qualquer forma, vale a pena olhar aqui. [Aliás, esse blog é divo! Vale muito a pena curtir no Facebook também]

Confirmado o pagamento, recebi alguns documentos com mais orientações. Fiquei sabendo, por exemplo, que o restaurante oferece opções vegetarianas. Como eu não sabia disso antes, tinha optado por não incluir refeições. Mas parece que vou poder fazer isso à parte.

Recebida essa comunicação em abril, eles não entraram mais em contato até umas 2-3 semanas atrás, quando recebi o link para um teste de nível. O estilo é esse aqui. 70 questões objetivas e uma redaçãozinha de 150 a 200 palavras. 

Enquanto o pessoal da Universidade de Pécs tinha enviado alguns e-mails faltando pouco para o curso de húngaro - com orientações básicas sobre trens, hospedagem em Budapeste para quem precisasse, etc -, no caso do Goethe praticamente não tive contato com a equipe na reta final para o curso. O que até é possível entender, já que esses cursos intensivos são oferecidos o ano inteiro. Em vez de se ocupar conosco, eles estavam ocupados com a turma anterior, ora! Mas parece que o esquema é mais impessoal mesmo. Esse é um assunto que deve reaparecer nos próximos posts.

Edit (abril/2014): tenho amigos que fazem cursos no Goethe em Brasília e, quando foram fazer curso na Alemanha, pediram ao pessoal do Instituto aqui para ajudar durante a fase de inscrição - por exemplo, pesquisar e intermediar hospedagem. No meu caso, optei por entrar direto em contato com a equipe da Alemanha pela internet; mas vale a pena saber que existe essa opção.

Tirando a poeira...

Olá, leitores do blog!

Sei que ainda quero escrever um bocado de coisas sobre os cursos de húngaro e sobre Pécs. Fico triste em não aparecer regularmente por aqui, mas enfim... motivos de força maior! As coisas no trabalho andam bem puxadas. Ou andavam, pois estou curtindo agora a segunda parcela das férias. \o/

E o que resolvi fazer? Um curso de idiomas, ora! Dessa vez estou em Göttingen, na Alemanha, e pretendo contar um pouco sobre minhas peripécias. É interessante: quando procurei blogs com relatos (ao menos em português) não encontrei quase nada sobre esse curso. Até tem gente que começa e, quando os estudos vão ficando mais puxados, para de alimentar seus blogs (se bem que estou sem moral para falar isso, hahaha!)

Obs: tanto não esqueci o húngaro que tenho soltado uns "igen" em vez de "ja" quando converso com as pessoas por aí. :-)

Até mais!

domingo, 22 de setembro de 2013

Dica rápida - kit de sobrevivência - adaptador de tomadas

Este post é uma atualização deste outro, com algumas dicas de coisas que pode ser interessante levar. Por sinal, levei os miniventiladores e foram muito úteis!

Para o curso de 2013, resolvi levar mais um adaptador de tomadas. Encontrei este na Bagaggio do Boulevard Shopping (Brasília). Estava custando uns R$35:


Pensei: maravilha, né?
Realmente foi muito útil. Só que... o plugue do padrão ABNT NBR 14136 simplesmente não se encaixa nesse adaptador! O pino do meio não cabe na abertura. Precisei usar um outro adaptador (tomada nova para tomada antiga 3 pinos) e conectá-lo a esse aí da foto.

Já o adaptador da Sestini não tem esse problema, aceitando o novo plug sem necessidade dessas gambiarras. Vi um há algumas semanas na Le Postiche do ParkShopping (Brasília) por R$25.

Viszlát!

Post relâmpago - vídeo: Pécs antigamente e hoje em dia

Sziasztok!

Depois de [mais um] sumiço, estou de volta! [Assim espero]

Esse é um vídeo que achei interessante, com cenas de Pécs antigas e nos dias atuais. Normalmente eu simplesmente editaria algum outro post para inserir o vídeo... mas, em se tratando de posts muito antigos, prefiro criar outro mesmo.

Aqui vai:


O Youtube tem vários outros vídeos desse tipo. Vale a pena dar uma xeretada.

Viszlát!

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Evento - Nyelvparádé/Language Show

Está em cima da hora (soube hoje!) mas, se você estiver em Budapeste, não custa avisar: de amanhã até o dia 8 de setembro haverá uma exposição sobre ensino de idiomas (a 14a. Nyelvparádé). Estandes de editoras, cursos de idiomas, etc. Tem também eventos paralelos sobre culturas africana e latinoamericana: palestras, danças, comidas típicas... parece interessante. Pena eu não estar lá para conferir... :-(

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Passeio em Püspökszentlászlo

Sziasztok!

O post de hoje é sobre uma das excursões que fiz no curso... em 2012! (ops...)

O pessoal do curso de 2013 foi a esse lugar também (quem fez o curso de 4 semanas). É a segunda excursão do curso. 

Püspökszentlászló é uma pequena aldeia na região. Fomos de ônibus até uma outra cidadezinha próxima e seguimos a pé por uma estradinha idílica. 

O nome do local faz referência a São Ladislau da Hungria. [Parênteses: a formação do Estado nacional húngaro, na Idade Média, é fortemente relacionada ao catolicismo. Erzsébet, István, Lászlo, para citar alguns nomes bastante populares por lá, foram reis católicos importantes na história do país. Em 2001 - dados antiguinhos! -, os católicos romanos respondiam por 51% da população, e concentravam-se principalmente nas partes oeste e central do país]. 
 


Na estrada, vimos essas ameixas. Lindas... mas estavam verdes :-(
Casa na beira da estrada
Ao subir a estrada rumo ao local em que passaríamos o dia, o clima ia mudando. As temperaturas iam ficando mais baixas (chegaram a talvez uns 18 graus!) e a umidade ia aumentando.

Finalmente chegamos à antiga sede do bispado da região. O local é administrado por um grupo de freiras e funciona também como casa de retiros. No passado, abrigou peregrinos e - pelo que nos disseram - também alguns fugitivos do nazismo.
Túmulos de freiras que viveram no local

 
Fomos recebidos com um almoço simples e muito gostoso. Para a turma vegetariana, tinha falafel. Em seguida, teve oficina de artesanato. A proposta era fazermos algumas coisinhas e, para isso, contamos com as aulas do pessoal do Míves Mag Műhely. Todo o material também estava organizadinho nos esperando.

 Amostras dos mini-ursos

 
Amostras dos móbiles de galinhas de tecido. Teve gente que usou para enfeitar a ecobag que ganhamos de brinde no curso
 
Flores de palha de milho

Biscoito de gengibre, que deveria ter sido lindamente enfeitado; mas não tenho jeito para essas coisas!

Material para fazer os móbiles

 
 Lã para fazer bijuterias

Fiz uma flor de palha de milho, mas ficou tão sem graça! Aí parti para as bijuterias de lã: você mergulha a lã em água com sabão e fica fazendo bolinhas (é meio terapêutico) até secar e encolher. Aí é só espetar aqueles araminhos de biju e fazer colares, brincos, etc com as bolinhas coloridas. Fiz um colar meio sem graça, mas está aqui em casa como lembrança física do curso. Acho que a proposta era bem essa.

Esse passeio me fez pensar como temos no Brasil um certo preconceito com trabalhos manuais, artesanato, essas coisas. Na minha turma havia umas russas que ficavam fazendo bordados após a aula, e levavam essa atividade bem a sério. Se bem que outro dia li em algum lugar que algumas atividades antes consideradas "mulherzinha" estão agora sendo vistas quase como uma militância libertária. Em tempos de trabalho escravo nas confecções, fazer o seu tricozinho pode ser mesmo uma forma de driblar as grandes corporações que andam explorando pessoas por aí. [Artigo sobre o craftivism]

Também tivemos apresentação de grupos folclóricos:

No caminho até o local onde estava o ônibus, fomos seguidos por essa filhote que já havia nos seguido no caminho de ida. Fiquei com muita vontade de ter adotado essa figurinha tão carente. O &%$ é que meu condomínio proíbe animais e, além disso, seria um complicado procedimento internacional:
Essa filhotinha estava com um esfolado circular nessa parte que censurei

Monumento misterioso na beira da estrada

O local é lindo e bucólico; mas acho que eu não estava muito na vibe do dia, e talvez por isso tenha aproveitado essa excursão menos que as outras. Se você é muito festeiro e gosta de agitação (o que nem é meu caso), talvez também não aproveite tanto. Por outro lado, uma das meninas veio comentando comigo o quanto esse passeio tinha sido inspirador e para escrever alguns poemas (bem, além do bucolismo do passeio, ela tinha uma paixonite por algum budapestino misterioso!). Como não leio russo, não pude conferir.
Viszlát!



Post relâmpago: Pécs - passeio virtual em museus e mais uma coisinha

Olá!

Aqui neste post eu tinha passado a informação sobre o Google Streetview em Pécs. Agora vou postar dois links, também de passeios virtuais:

- http://www.3dpano.hu/ZSN/Vilagorokseg/ - esse é um ponto de interesse arqueológico. Trata-se de um dos primeiros cemitérios cristãos da Europa e fica perto da catedral. Nunca tive oportunidade de entrar nele (vergonha!) e agora posso corrigir em parte essa falha.

- http://www.3dpano.hu/ZSN/Zsolnay_negyed/ - a área em torno da fábrica de porcelana Zsolnay é cheia de lugares interessantíssimos. Além da fábrica e do museu, que é enorme, existem uns espaços com - por exemplo - tabuleiro de xadrez gigante e playground. Tem umas lojinhas, um café... e o mausoléu da família. O patriarca era maçom e o mausoléu é cheio de referências. Tenho que falar desse passeio em outro post, mas digo logo que fica prejudicado porque as pilhas da minha máquina - inclusive as pilhas reserva, novinhas! - resolveram me deixar na mão. Pense numa pessoa frustrada!

A propósito: existe um museu Zsolnay no centro de Pécs, mas dizem que é bem menos interessante do que esse que fica na fábrica.

A "outra coisinha" do título do post: hoje descobri que Pécs tem carnaval! É diferente do que estamos acostumados. Segue o link para a página do evento: http://www.pecscitykarneval.hu/

domingo, 1 de setembro de 2013

Produtinhos vegetarianos na Hungria - seitan e patês

Faz tempo que não escrevo nada sobre comida! Na verdade, devo confessar que ando cada vez mais relaxada nesse quesito. Sempre apelo para opções rápidas e estou no sedentarismo total. Bem, as consequências vocês já podem imaginar... :-(

Aqui algumas coisinhas que comprei enquanto estive em Pécs. Comprei chocolates também (claro), mas esses eu comi antes que desse tempo de tirar foto!

O seitan foi comprado na loja de produtos naturais no shopping Árkád. A mesma em que comprei o tofu com temperos e azeite no ano passado (infelizmente não tinham dessa vez...):
Cubos de seitan temperado com alho. 100% vegan. Custou em torno de 600 Ft

Usei o seitan para fazer sanduíche. Não é ruim, mas não sei muito bem como definir o gosto.

As outras gororobas vegetebas foram esses patês, comprados no Interspar. Não lembro exatamente quanto custaram, mas foi baratinho. Deixei para experimentá-los já em casa.

As próximas duas fotos têm os detalhes dos ingredientes:

O patê de páprica da Globus é vegetariano, mas não necessariamente naturebão: tem glutamato de sódio, antioxidante... já o Mediterrán não tem esses ingredientes na lista. 

Já quanto ao sabor... o Mediterrán tem um gosto mais picante por causa da pimenta. Não sei definir muito bem, mas é bom. Só que eu e minha mãe achamos mais gostoso o patê da Globus. 

Foram boas compras... pena que eu não lembre o preço para postar aqui.

Viszlát!

Tentando praticar húngaro em Pécs

Sziasztok!

Pois é, pessoas... o melhor de fazer um curso de idiomas no país em que ele é falado é, obviamente, a possibilidade de praticar também fora da sala de aula. Por onde quer que eu estivesse, estava cercada pelas palavrinhas cheias de consoantes dessa linguinha querida e não exatamente fácil. Ao ligar o rádio, ao ver as placas nas ruas e ao tentar conversar com as pessoas. No final eu estava sonhando com pessoas falando húngaro... só não sei se o que elas diziam fazia algum sentido, hehehe!

E nesse caso as reações eram as mais variadas: desde as que não entendiam o que eu falava e nem faziam questão (uma senhora numa casa de câmbio - ! - gritou alguma coisa em fúria e parecia que não ia me atender; felizmente essa turma brava era minoria), até pessoas superpacientes que me davam a maior força. Consegui mesmo manter alguns diálogos curtos só em húngaro. Obrigada ao Gábor, o vendedor da Alexandra do shopping; à vendedora da loja de produtos típicos do aeroporto; e à taxista que puxou conversa comigo em Pécs (figuraça!). Provavelmente vocês nunca vão ler isso aqui mas, acreditem, fizeram muito pela minha auto-estima. E nem vou falar da minha família em Dunaharaszti, hehehe!

Tinha também o pessoal que respondia às minhas tentativas de falar húngaro e, ao ver que eu não entendia, passava para o inglês. Frustrante, mas fazer o quê? Como diz o filósofo, faz parrrrte!

Acabei me identificando demais com um post neste blog - aliás, recomendadíssimo e já na minha lista de favoritos. Confiram lá!

Viszlát!

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Fim da moleza no Boszi Koli!

Edit (abril/2014): incluindo link do Youtube. No mesmo canal aparecem outros vídeos que vale a pena conferir.

Uma coisa que acho bonitinha no húngaro são os diminutivos/simplificações. Köszönöm, bocsánat, viszontlátásra, kollégium...? OK, mas que tal dizer köszi, bocsi, viszlát, koli? Não que essas coisas tornem a língua exatamente fácil. Mas confesso que gosto de usar essas formas na esperança de ter um pouco de fôlego ao terminar a frase.

Outro dia vi uma foto no Facebook com o título "Boszi koli". Sim, era o Boszorkány Kollégium de sempre.

Escrevi sobre o alojamento aqui e aqui. Agora (antes tarde do que nunca) é a vez de atualizar as informações para o curso de 2013.

Como escrevi neste post, minha vizinha de quarto acabou se instalando num apartamento. Aliás, este ano parece que mais gente fez essa opção. No caso dela, os principais problemas foram o calor e a falta de boa iluminação noturna.

Eu já tinha comentado sobre a lâmpada fraca. Quanto às janelas... não consegui tirar nenhuma foto que explicasse bem o sistema. Basicamente, são janelas de tombar de eixo inferior, que abrem para dentro e só têm regulagem para uma posição - praticamente fechada. O que algumas pessoas faziam era mantê-las abertas em 90 graus, segurando o vidro com alguma mesa. Como a janela é muito pesada, essa é uma solução improvisadíssima que precisa da ajuda de alguém, pois pode haver acidentes - tanto que é proibido pela direção do alojamento.
Janela na abertura máxima (!) A manivela permite regular as ventanas e ajustar a iluminação


Não sou muito fã de janelas basculantes e afins, a não ser quando não tem jeito - isto é, quando o espaço é muito estreito. Uma janela do tipo corrediça ou guilhotina teria sido talvez uma solução bem mais interessante. Enfim...

A iluminação é ajustada de forma independente, girando-se a manivela.

Parece que a lavanderia estava com novas máquinas de lavar, mas nenhuma secadora. Como lavei roupa no banheiro mesmo, nem sei como estavam as condições por lá.

Usei o sabão da foto abaixo, comprado no Spar (parece que essa é a marca própria deles). Não faz muita espuma, o que não quer dizer que seja menos eficiente. A roupa fica com um cheiro fraquinho, mas bom. O problema é a textura, meio arenosa.

Mas tá. Por que o título do post?

Ano passado a turma da limpeza apareceu nos quartos uma vez a cada 10 dias (ou seja, duas vezes para quem fez o curso de um mês) e deu uma geral nos banheiros, esvaziou as latas de lixo... este ano não tivemos essa mordomia. No final de semana, vi esses kits na recepção e entendi o recado:
Lerê, lerê...

Claro que estou fazendo um draminha. Fiquei apenas duas semanas e sozinha no quarto, então foi fácil manter a limpeza. Usei o kit e senti falta de um rodo e pano de chão, mas o básico foi feito.

O comércio tem uma grande variedade de produtos de limpeza mas, pelo que me disseram, rodo é uma coisa meio difícil de encontrar. Outra coisa: dificilmente você vai encontrar todos os produtos/marcas numa única loja. Às vezes as euroshops (parecem as lojas de 1,99 no Brasil, mas com mais variedade e produtos melhores) e as drogarias (Rossmann, DM) parecem ter opções que nem sempre os supermercados oferecem. Mas o Spar tem bastante coisa também.

Gel para limpeza de banheiro. Usei para o vaso e também para limpar o piso emborrachado da área do chuveiro

Notei uma piora nas condições da cozinha. Avisos impacientes sobre a limpeza, equipamentos (fogão, microondas...) que não funcionavam. Também soube de gente que teve panela roubada de dentro do armário. :-(


Apesar do aviso (ou por causa dele?), não vi insetos circulando na área

Parece que andaram substituindo parte dos tampos de granito

Nos quartos, os avisos de segurança foram atualizados e agora têm versão bilíngue! Ah, e o alarme não disparou nenhuma vez enquanto eu estava lá:

Detalhe da foto anterior


Bem, é isso. O Boszi Koli tem alguns probleminhas, mas no geral achei que valeu a pena ter ficado lá. Tanto que repeti a dose este ano. Para quem fica durante o ano letivo, certamente é mais complicado: bem mais gente (mais barulho, menos privacidade, mais sujeira...), tem o período de inverno também (não sei se o aquecimento é bom), etc. Quem for estudar em Pécs vai ter oportunidade de formar sua própria opinião.

Carro estacionado em frente ao Boszi Koli. Empresa prestadora de serviços de limpeza


Vou ficando por aqui. Viszlát!