domingo, 13 de abril de 2014

Fim do curso e a viagem de volta

Olá, leitores! :-)

Fechando os posts sobre a viagem a Alemanha. Ultimamente tenho escrito de uma forma mais apressada e acredito que quem acompanha aqui há mais tempo tenha percebido isso... bem, quero aproveitar o restinho das férias e evitar que os assuntos envelheçam ainda mais.

Duas semanas passam rapidinho e logo o curso estava chegando ao fim. 

Sábado era o dia da partida e não haveria ninguém da parte administrativa. Na véspera eu tinha recebido de volta os 100 euros da caução, junto com um envelope no qual deixaria a chave do quarto. Também tinha aproveitado para pedir à moça da secretaria que ligasse combinando um táxi. Já tenho uma insegurança danada para falar ao telefone, e se não for na flor do Lácio, aí o bicho pega. Preciso superar isso.

Assim, sábado fiz as malas e desci. Fiquei esperando o táxi. Despedi-me de alguns colegas que iam viajar naquele dia e deixei o envelope numa caixa junto à porta. Foi tudo meio melancólico.

Pouco depois das 8h peguei o ônibus e, quatro horas depois, estaria em Berlim. A viagem foi tranquila. Eu tinha comprado a passagem de volta numa agência de turismo no centro da cidade e saiu 5 euros mais caro do que se tivesse comprado pela internet - fica a dica!

Dessa vez eu ficaria num hotel perto do aeroporto (mais adiante escrevo sobre o hotel) e já tinha feito as simulações de percurso neste site (vá em "journey planner"). Da rodoviária eu teria que pegar ônibus urbano fazer algumas baldeações carregando bagagem com roupa de inverno. Então optei por pegar um táxi até a Estação Zoo - sim, a mesma em que Christiane F e seus companheiros de infortúnio consumiam todo tipo de química ilícita. Eu tinha uns 12-14 anos quando o livro era uma febre, e muitos de meus amigos e colegas na faixa dos 14-16 (quando somos adolescentes esses poucos anos fazem uma diferença enorme) o devoravam.

Eu tinha na cabeça a imagem de um lugar barra-pesada. Não é uma estação glamourosa como outras que eu tinha percorrido na cidade, mas também não parecia um cenário apocalíptico.

Na hora de comprar o bilhete para a estação perto do aeroporto (de onde eu pegaria a van para o hotel), acabei me atrapalhando e pedi ajuda a um casal de brasileiros que encontrei por lá. Fui para a plataforma e nada de aparecer o trem (RB, ou Regionalbahn) para Schönefeld! Como assim?

Pois é... os trens dessa linha estavam cancelados. Só que demorei a entender a situação. Eu teria que fazer baldeação em outro lugar. E o site da BVG não tinha nenhum aviso sobre essa mudança causada pelas obras!

Resultado: dei uma de fresca e fui pegar um táxi para o hotel. O motorista ficou incrédulo (acho que eles não pegam muitas corridas para o aeroporto) e expliquei a situação: eu estava cansada, com uma bagagem pesada e não queria decifrar o sistema de transporte público de Berlim. Só queria chegar logo ao hotel!

Esse foi o único taxista mais ou menos conversador que encontrei na Alemanha. Ele comentou que conhecia alguns estudantes brasileiros de intercâmbio, perguntou como estava a percepção geral no Brasil sobre economia, enfim... foi legal conseguir sustentar uma conversa - mesmo que algumas palavras faltem às vezes.

A corrida até o Meininger custou uns 35 euros. Sim, táxi é caro por lá!

Eu já tinha feito a reserva pela internet e paguei a diária ao chegar. A funcionária já pergunta se você tem interesse em incluir o café da manhã. Incluí e achei que valeu a pena, até porque no aeroporto de qualquer forma não sairia muito barato.

A rede Meininger tem um perfil parecido com os Formule1 da vida - econômico, voltado a viajantes de negócios ou excursionistas. Mas achei mais digno do que o Formule1 de Belo Horizonte, o único da rede em que me hospedei. O banheiro também é um pouco mais confortável. Achei que, na minha situação (já tendo passeado em Berlim e querendo ficar perto do aeroporto) valeu muito a pena ter ficado nesse hotel.

Próximo à portaria funciona um mercado da rede Aldi. Pouca variedade de produtos, mas ajuda se você quiser comprar alguma coisa para fazer um lanche.

Aviso na janela. Caramba! - obs: a essa altura minha disposição em tirar fotos era praticamente zero... ficou só esse registro do hotel

Na manhã seguinte: café (com direito a tentar xeretar a conversa de uma família húngara), check out e van para o aeroporto. O transfer custa 3 euros. Fomos somente eu e o motorista.

Aproveitei para pegar parte do reembolso dos impostos (dicas aqui). Tive que pegar uma fila e recebi 3 euros - referentes às compras na Ampelmann. Eu tinha notas de compras em farmácias e supermercados, mas não lembro por que não deu certo.

No momento do check in, o funcionário da TAP já fez a marcação do assento do trecho da TAM e fui para a sala de embarque.

Trecho da TAM? Pois é... depois que comprei o bilhete, a TAP mudou o horário da volta. Para não perder o dia de retorno ao trabalho, precisei alterar o percurso: Lisboa - Galeão - Brasília em vez de Lisboa - Brasília. A agência de viagens precisou pedir autorização e felizmente deu tudo certo.

Certo mesmo! Nessa viagem à Alemanha não tive atraso em nenhum voo. Nas viagens para a Hungria eu havia enfrentado esse problema em alguns trechos.

Tudo bem, tudo zen... muitas horas de viagem depois, hora de tirar os sapatos, abrir as malas e distribuir as muambas os presentes. Só alegria!

E, já que falei em comprinhas, isso ainda vai render outros posts.


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