quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Mais algumas primeiras impressões

Segunda foi dia da prova de nível. Eu até tinha uma esperançazinha de ser dispensada, já que tinha feito o curso aqui e - teoricamente - continuaria do ponto em que parei. Mas não foi bem assim.

Fiz a prova escrita - questões de múltipla escolha e uma redação - e acho que não foi o fim do mundo (mas não sei quanto tirei, nem quis perguntar, hahaha!). Então foi a vez da prova oral. Um bate-papo rápido com uma das professoras. Caramba, travei! Acho que minha capacidade de conversar em húngaro está regredindo (não que já fosse grande coisa) e tenho cada vez mais dificuldade em montar sentenças completas e corretas. Estou me sentindo uma troglodita no melhor estilo "mim Jane, você Tarzan". O horror, o horror. E não, não estou querendo que joguem confetes em mim.

Entre mortos e feridos, fui cursar o A2 (o que é isso? Veja aqui). Beleza. Meu medo era ter entrado em pânico total e ter que cursar o A1 de novo, hahaha! Certamente isso teria acontecido se eu não tivesse tido minhas aulas online... foi o que me ajudou a segurar a peteca e aprender algumas coisas novas que também foram cobradas no teste.

Acho ótima a proposta do quadro europeu de referência porque ele procura identificar o nível de conhecimento com base nas suas habilidades de comunicação. As classificações criadas pelos próprios cursos são muito subjetivas. O "advanced 1" de uma escola de inglês pode ser equivalente ao "intermediate 2" de outra escola.

Só que, na minha opinião, existem dois probleminhas:

- num curso regular de inglês, francês, alemão... geralmente se levam 2 ou 3 semestres para passar de um nível a outro. Quer dizer, dois alunos que tenham completado o - digamos - A2 vão ter habilidades muito diferentes se um tiver acabado de sair do A1 e outro estiver quase lá no B1. Quando se diz que esses alunos tão diferentes estão no A2, eles são colocados no mesmo "pacote". Para resolver isso, alguns cursos subdividem as turmas em A2.1, A2.2... o Goethe faz isso.

- As habilidades nem sempre se desenvolvem em paralelo. Você pode escrever bem e ser travado para falar. "Ah, mas aí é só nivelar por baixo e considerar a habilidade em que ele é mais fraco". Um caso extremo é o da minha mamis. Ela, que chegou pequena ao Brasil e falava em húngaro com os pais, não teve problemas em conversar com as pessoas nas ruas de Budapeste. Só que a linguagem escrita é uma dificuldade para ela. Entender os porquês da gramática, então... ela usa os sufixos, conjugações verbais, etc. Mas tudo na base da intuição.

Outro caso típico é o das pessoas que ficaram muito tempo sem praticar. Quando voltam, veem que ainda conseguem ler, mas estão travadas para falar, por exemplo.

Talvez nesses casos o melhor fosse pegar umas aulas particulares para fazer um trabalho mais específico.

Bem, tudo isso para dizer que o tal do nivelamento foi meio complicadinho. Nossa turma do A2, por exemplo, começou com 8 pessoas. Só que algumas acharam o ritmo muito lento e pediram para mudar para turmas mais avançadas. Agora somos 5. Em alguns casos, esse "achar o ritmo muito lento" significou algumas situações de stress. Isso já fica para outro post!

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