quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

Cartagena: reta final e retorno ao Brasil

Como já comentado em outros posts, dia 13 foi feriado na cidade. Passei no centro histórico pela manhã e vi que várias atrações (por exemplo, o museu do ouro) funcionariam em horário reduzido. Comprei os últimos souvenirs. Na loja, o vendedor falava inglês e eu respondia em espanhol. Quando soube de onde eu era, soltou um: "Brasil? Portunhol!" - denunciando os muitos turistas brasileiros que devem ter tentado essa solução por lá.

Vou dizer... fiz semestre intensivo, tudo para aprender o máximo antes de viajar, e tenho que ouvir essa do portunhol... aiai!

O tempo estava com cara de chuva e resolvi voltar mais cedo a Bocagrande. Boa parte do comércio estava funcionando.

Vi algumas pessoas sujas de espuma na Av. San Martín. A brincadeira não fica restrita à cidade murada: Getsemaní, Bocagrande, Castillogrande também são cenário do "mela-mela" das festas novembrinas.

No final das contas, acabei fazendo um dia mais light e preguiçoso. Andei um pouco em Bocagrande mesmo e, à noite, comecei a arrumação de malas (chuifs!).

Na manhã seguinte tomei café e não enrolei muito: táxi! O motorista era um senhorzinho figura, meio incrédulo porque eu tinha viajado sozinha (gente, sério... estou tão acostumada a viajar sozinha que acho até estranho quando questionam isso). "Mas e o marido?"; "Não tenho... no Brasil são 4 milhões de mulheres a mais que homens e eu sou uma delas", hahaha! Sem stress. 

Fiz um lanche, gastei os últimos pesos colombianos que ainda tinha e fui para o check in. O funcionário disse que eu teria que pegar um carimbo de nada consta da aduana e apontou a direção do guichê. Tranquilo, sem filas. Peguei o carimbo e voltei para o check in. Apesar de a Copa ter voo direto para Brasília, minha volta foi pelo Galeão e paguei duzentas dilmas a menos fazendo dessa forma. Tudo bem que eu passaria umas 5 horinhas no Rio curtindo a madrugada no aeroporto, mas valeu a economia.

Antes de pegar o voo para o Panamá, as inspeções de segurança. Além de perguntar o que eu tinha feito ("turismo", respondi) e quantos dias tinha ficado, o policial perguntou também a minha profissão! Quando respondi, ele pediu para eu explicar um pouco minha rotina de trabalho. Ele não ficou caçando contradições, repetindo perguntas nem nada - mas penso que vacilei em não ter levado um crachá, contracheque ou algo que provasse meu vínculo de trabalho. 

Assim como na ida, na volta o tempo de conexão no Panamá também seria de cerca de 30 minutos. O problema é que dessa vez o portão onde eu pegaria o trecho seguinte era bem distante do portão onde desci. Tive que correr para atravessar o aeroporto. Não deu tempo nem de ir ao banheiro; o embarque já estava sendo finalizado. Muita emoção para o meu gosto!

O avião para GIG era maior e mais confortável que o avião para BSB, com direito a entretenimento individual. Porém, não pude fazer a caminha usando os assentos ao lado: a lotação estava completa. O voo foi tranquilo, sem as turbulências da ida.

Ao desembarcar no Rio, fomos até a esteira de bagagem (estava meio confusa a sinalização e as esteiras são distantes umas das outras, mas deu tudo certo). Depois, nova emoção com a Polícia Federal. Dessa vez eu já estava preparada, com a carteira de identidade na mão. A moça levou o documento junto com o passaporte, conversou com os colegas e voltou para me devolvê-los.

Esperei umas horinhas, despachei a bagagem novamente e peguei o voo da TAM. Chegada tranquila seguida do maravilhoso ritual de contar histórias, mostrar fotos e distribuir as lembrancinhas. Só alegria!

No final das contas, não consegui visitar todos os lugares que gostaria. Por outro lado é bom, pois fica uma desculpa para voltar...

.

Nenhum comentário:

Postar um comentário