sexta-feira, 18 de setembro de 2015

Computador, a saga

Olá, pessoas! [alguém aí?]

Vou ficar sem computador nos próximos dias! :-(

Vejo que essa época muita gente começa a se planejar para fazer cursos no ano que vem e aumenta a procura por esse tipo de informação aqui no blog. Mais um motivo para que eu escreva logo sobre a experiência em Szeged - também para aproveitar o embalo, porque agora a vida já está no ritmo normal de trabalho.

Na verdade, minha saga com o computador vem de longo tempo. Quando ela se definir melhor, volto aqui e conto como foi. Beleza?

Até mais!

terça-feira, 8 de setembro de 2015

Alguns rápidos comentários



Sziasztok!

Já fui, já voltei... e, pra variar, estou devendo posts.
Quem quiser ver fotos de Szeged, tem no Flickr! Falta editar títulos e colocar descrições, mas de qualquer forma as fotos estão lá. Ainda falta colocar também as fotos que tirei em Budapeste.

Uma pergunta que todo mundo fez quando voltei: e a crise migratória?

Vi muitos grupos de refugiados em Szeged, concentrados em frente à estação de trem. Também vi refugiados em Subotica (Sérvia), onde fiz um bate-volta, e em aldeias por onde passou o ônibus. Vi pessoas caminhando nos campos para atravessar a fronteira a pé. Essa fronteira onde, na cidade de Röszke, recebi os carimbos que aparecem aí na foto. E em Budapeste, perto da estação Keleti.

Na TV húngara, principalmente no canal de notícias M2 (não tenho certeza, mas me parece que é estatal ou semi), muitas notícias sobre os "migrantes ilegais". No canal Story 5, que passa séries e novelas - mas também noticiários -, críticas à "histeria" contra os recém-chegados. As opiniões me pareceram divididas. As imagens dos confrontos diretos com a polícia húngara ainda não tinham ganho o mundo.

Depois, durante uma excursão em Budapeste, a guia contou que um grupo de extrema-direita deu alimentos com laxantes (!) a vários refugiados.

Tive a oportunidade de conversar com alguns voluntários em Szeged. Um grupo montou uma barraca em frente à estação e estava distribuindo água e comida, além de encaminhar para atendimento médico quem precisasse. A barraquinha aparece bem à esquerda na primeira foto desta matéria

Esta outra matéria também trata da situação na fronteira Sérvia-Hungria e das atitudes que o governo vem tomando (repressão policial, construção de cerca, etc).

É estranho mas, enquanto estive lá, não tive a dimensão do que estava acontecendo. O noticiário no Brasil ainda estava mais voltado para os problemas da travessia por mar; no máximo, informava que muita gente entrava pela fronteira da Sérvia e que o governo da Hungria estava construindo a cerca, essas coisas. A tragédia das pessoas mortas no caminhão abandonado na Áustria ainda não tinha acontecido, nem a do menino Aylan. 

Como os governos vão agir nessas próximas semanas? Não sei. O governo húngaro, sob pressão, liberou a passagem dos imigrantes para Áustria e Alemanha... mas prossegue na construção de um polêmico muro. Em tempos de declarações do Donald Trump sobre os mexicanos (e o desejo de construir um muro) e de colombianos sendo deportados da Venezuela (pois é, perto de nós também está feia a coisa), nada mais surpreende. O tempo em que os países convidavam gente de outras partes para povoá-los pelo visto já passou.

Li numa reportagem a entrevista com uma voluntária em Szeged que dizia: "não me interessa a questão política; não me interessa de onde vêm essas pessoas nem para onde vão, mas agora elas precisam de ajuda". É como eu penso, e assim fecho o post com esses links:

- Migszol, grupo húngaro de ajuda ao migrante;
- matéria do El Mundo sobre como ajudar.

O assunto é triste e difícil, mas não tinha como não falar.
No próximo post, volto à programação normal. Beleza?