sábado, 27 de outubro de 2012

Sem novidades... será?

Como sempre, passo uma semana sem postar e volto para dizer que não abandonei o blog.

Na verdade fiz algumas atualizações. A mais recente e substancial foi feita neste post.

Como esse blog tem visitantes que chegam procurando informações sobre as quadras! Muita gente também chega aqui depois de procurar dados sobre prevenção a emergências em prédios, sinalização, etc (por causa deste post). Mesmo não sendo este o foco do blog (se é que tem algum!), acho ótimo as pessoas se interessarem por esses assuntos.

Por enquanto é só. Até a próxima!

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Pécs - mais algumas fotos

Um passeio pela cidade revela detalhes curiosos: é a bruxa na fachada da delicatessen, é a tampa da galeria de águas...




Aqui uma rua residencial tranquila:




Com uma placa tão naïf (clique na foto para ampliar), não deve ser um local de saliências! De fato as páginas de turismo que localizei pelo Google dizem que é uma pensãozinha com 8 vagas:

 

Essas ruas são tão fotogênicas!



Detalhe

Achei interessante a mistura de prédios aí da foto:




Detalhe do monumento. Achei curiosa a referência clara à maçonaria no centro da cidade num país que fez parte da Cortina de Ferro


Museu Etnográfico: infelizmente estava fechado. A pintura descascada é exceção, até porque a cidade recebeu muitos investimentos na parte cultural para os eventos de 2010.

Detalhe

Pequena mesquita perto de um dos prédios da Faculdade de Medicina

Muro perto da residência universitária. Não sei por que, mas gostei tanto desse grafite!

Ainda é tanta informação para processar... espero poder postar de novo em breve. Fui!



sábado, 20 de outubro de 2012

Pécs: falando um pouco sobre a cidade e outras coisas

Como é que até agora eu não tinha escrito nada sobre a cidade em que fiquei por praticamente um mês fazendo o curso? Vou tentar corrigir essa falha e certamente este não vai ser o único post sobre Pécs; e provavelmente ainda vou ter que editá-lo várias vezes... então vamos lá!

Primeira coisa: pronunciando o nome da cidade. É [ˈpeːtʃ] (clique no ícone do alto-falante no lado esquerdo e ouça), ou seja, algo como "pêtsch". Os primeiros registros são do tempo dos romanos no início da era cristã, quando era chamada Sophianæ. É a quinta cidade mais populosa da Hungria, com cerca de 160 mil habitantes, e fica no sudoeste do país - bem perto da fonteira com a Croácia. O artigo da Wikipédia em inglês é bem informativo.

É interessante como a população da Hungria se distribui no território: o país todo tem uns 10 milhões de habitantes. 1,7 milhões estão em Budapeste; a região metropolitana tem 2,5 milhões; a segunda cidade mais populosa é Debrecen, com 211 mil, e o país é repleto de cidadezinhas com poucos milhares de moradores. Já o Brasil tem 45% da população vivendo em regiões metropolitanas (vi aqui), o que dá uma ideia de como são diferentes os modelos de ocupação do espaço.

Por sinal é interessante como as professoras eram interessadas por essas questões de geografia, urbanismo e tal. Uma das apostilas tinha um texto justamente comparando as populações (das capitais e dos países) e áreas de Portugal, Coreia do Sul e Hungria. Também mais de uma vez me perguntaram qual era a distância entre os extremos norte e sul do Brasil, quais os meios de transporte mais utilizados, etc. Alunos e professores não vieram com aquelas perguntas sobre "samba, futebol e Ronaldinho". No máximo achavam que eu já estivesse acostumada ao calor de 40 graus... mas, de modo geral, as perguntas eram sobre geografia, sobre o ânimo (ou desânimo) da população com os rumos da política, economia e quetais. E também (uma vez) sobre meu tipo de café preferido (de qual região?) e se eu gostava dos livros do Paulo Coelho.

De novo me desviando do assunto principal... mas agora vai. Com fotos!

Vista da praça Széchenyi, uma das principais da cidade

Antigo hotel na mesma praça, hoje funciona como museu. A cidade tem vários e vou falar sobre alguns deles em posts específicos

Imediações da praça Széchenyi. "Gyógyszertár" é a palavra em húngaro para "farmácia"

Não consegui tirar nenhuma foto decente da mesquita do paxá Gazi Kasim - construção do tempo da ocupação turca que hoje é um templo católico e um dos principais símbolos da cidade e também fica na praça Széchenyi. Vejam aqui.

Um outro símbolo da cidade é a fonte Zsolnay:


A antiga fábrica de porcelana Zsolnay merece um post à parte - tem uma história interessantíssima e estivemos nela numa das excursões do curso. Aguardem!

Fazendo o city tour

Casarões em área comercial. O carro clarinho é um Trabant (Trabi para os íntimos), fabricado na Alemanha Oriental que se tornou uma espécie de ícone pop depois da queda do muro de Berlim


Capela ortodoxa grega

Rua no centro

Estátua de São Francisco no centro. Os pombos também são estátuas. Num primeiro momento é difícil perceber isso, de tão realistas

Rua em bairro de construção mais recente

Hospital infantil


No horizonte, as colinas Mecsek (a cidade tem áreas de encostas e de planície) com a torre de TV

Praça Kossuth

Sinagoga, também na Praça Kossuth


Sobrado na área central

Uma das várias livrarias de Pécs

Barbakán - parte do castelo que protegia a cidade nos tempos medievais. Fica na região central:


 Reparem no telhado colorido

 
Vista do dormitório

A cidade foi capital cultural da Europa em 2010 e está sempre divulgando alguma programação.

Antes que eu continue falando da cidade em outros posts, vai uma lista de referências:
- site da prefeitura: http://en.pecs.hu/
- site de turismo sobre a cidade: http://www.iranypecs.hu/index.php?nyelv=english (é ótimo, consultei algumas vezes)
- site de turismo sobre a Hungria (aqui a página de Pécs): http://www.1hungary.com/info/pecs/
- informações gerais (site da universidade): http://erasmus.pte.hu/menu/21
- programação cultural (esse aqui parece que tem uma abordagem um pouco mais pop): http://pecsikult.hu/en/
- esse daqui é sobre um festival de corais que vai ser realizado em 2015. De repente se você estiver por lá... http://ecpecs2015.hu/
- site do Teatro Nacional: http://www.pnsz.hu/en
- em Pécs, um dos primeiros cemitérios cristãos da Europa: http://whc.unesco.org/en/list/853  - e eu não visitei! :-(
- diretório de serviços - só em húngaro. Você encara? http://pecs.lap.hu/
- passeio virtual panorâmico: http://www.360cities.net/area/hungary (escolha a cidade e faça um tour pela internet!)

Você gosta de rap em húngaro? Qualquer que seja sua resposta, confira este vídeo e veja mais um pouco de Pécs:


Aqui vai uma lista de vídeos com atrações da cidade.
Quem assiste ao Vai pra Onde, com o Bruno de Luca? Pois ele esteve em Pécs! Aqui o vídeo com a chegada dele lá.

E outros (em Pécs e Budapeste): http://vimeo.com/tag:vaipraonde

Aliás, é bom saber que existe uma empresa especializada em turismo na Hungria que organiza visitas guiadas em português. Se alguém tiver mais informações, é só mandar pelos comentários  ou pelo e-mail do blog.
Por enquanto é só. Mais fotos e informações nos próximos posts!

[Edit, jan/2013]: Esse outro vídeo tem belas imagens da região. Pécs (inclusive do centro cultural Zsolnay), Mohács, Villány... vejam só:



 

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Filme - Régi idők focija

Os dois leitores deste blog talvez se lembrem do post em que comentei ter comprado 16 DVDs durante a viagem. E ainda ganhei outro (um documentário) de um dos primos.

Quando tentei ver o primeiro filme - esse que dá título ao post -, uma surpresa desagradável: erro de leitura no DVD player. Não era defeito do disco, pois ele funciona no computador; nem era defeito do DVD player, pois vejo outros filmes sem problemas. Inclusive o documentário que citei há pouco.

Sim, o problema é a incompatibilidade de formatos PAL e NTSC. Aqui você encontra algumas explicações.

Não entendo nada dessas coisas, mas resolvi arriscar e funcionou: fiz uma conversão de formato usando o DVD Shrink e gerei uma cópia usando o CD Burner XP; são programas gratuitos e fáceis de usar. Parece que fica mais complicado quando o filme é mais longo e os arquivos não cabem no DVD. Ainda não passei por essa situação.

Bem, e o filme? O título na versão em inglês é "Football of the good old days". É uma comédia cuja história se passa em 1924. Ede Minarik, o dono de uma lavanderia, dirige um time de futebol chamado Csabagyöngye SC. A situação é difícil, Minarik está falido e os credores não perdoam, mas ainda assim ele tem esperanças de ir à primeira divisão. 

A estética é dos anos 20 (ainda não me acostumei a escrever "anos 1920") e o filme traz referências ao cinema e à cena política daquela época. Esta página é bem informativa - aliás, o site é ótimo!

O filme completo está disponível no Youtube:

 Esse vídeo não é legendado... mas, pesquisando na internet, vi uns sites de download e/ou legendas por aí

Apesar de ser uma comédia, achei meio deprê: período entreguerras, a maioria das pessoas passando por dificuldades, paredes gastas, prédios meio destruídos, tudo cinza... mesmo o campo não tem grama, e sim uma cobertura que parece mistura de terra e carvão. Muita coisa lembra os filmes do Charles Chaplin e em uma parte do filme (quando ele está numa antiga sala de exibição) uma referência explícita.

O humor tem momentos de pastelão e de crítica. É interessante quando, logo nos primeiros minutos do filme, um dos jogadores (o politizado Kövesi) explica a um grupo as teorias marxistas sobre a guerra (é a crise de superprodução da sociedade burguesa, a luta por novos mercados). Ficou meio caricatural - e isso em plena época da Cortina de Ferro. Diretor corajoso...

Achei interessante e vale pelo estilo de época, mas não foi o meu filme húngaro preferido até agora.

O roteiro baseou-se no livro de Iván Mándy e o filme recebeu o prêmio da associação húngara de críticos de cinema, além de ter sido premiado nos festivais de Palermo e Teerã.

Ficha: Régi idők focija (1973). Diretor: Pál Sándor. Duração: 84 minutos. Com Desző Garas, Tamás Major, András Kern e outros. Hunnia Filmstudio. DVD com legendas em húngaro e inglês.

terça-feira, 16 de outubro de 2012

Início das aulas

O primeiro dia teve uma cerimônia de apresentação e teste de nivelamento para aqueles que não estavam iniciando do zero. Depois tivemos aula das 10:30 às 14:00, com 30 minutos de intervalo, e começamos pelo básico: características gerais do idioma, saudações, fonemas... uma coisa fácil do húngaro (tem que existir, afinal) é a fidelidade entre escrita e fala. Uma vez que você aprende a pronúncia de cada letra ou dígrafo, é aquilo é pronto. Com algum treino, você consegue pronunciar corretamente palavras que nunca ouviu. Isso ajuda quando é preciso ler uma palavra que você teve que procurar no dicionário.

O esquema das aulas é assim:
- turmas de no máximo 8 alunos;
- cada turma com 3 professoras;
- aulas de 90 minutos e intervalos de 30 minutos. Assim: das 8:30 às 10 com uma professora, das 10:30 às 12 com outra e a última aula das 12:30 às 14h. Almoço até as 15h e, quando tínhamos alguma atividade extra, geralmente começava às 15:30.
- Cada uma das professoras repetia um pouco a matéria dada pelas outras, mas com um enfoque diferente: gramática, ou fonética, ou exercícios... o bom é que desse jeito ajuda a fixar bem, e fixávamos bastante assunto durante as aulas mesmo. Já no final do curso tivemos uma acelerada na matéria e o esquema de repetição diminuiu. Aí bateu um desespero para estudar fora do horário de aula.

Minha turma tinha um alemão, um tcheco, uma alemã, uma italiana, uma polonesa, uma russa... e eu! Exceto por mim e pela colega da Rússia - que fazia pós em linguística -, todo mundo era estudante de graduação e ia ficar um semestre na Hungria. Pessoas bem legais que valeu a pena ter conhecido.

Os programas extras e os horários de almoço ajudavam a gente a se enturmar também com os alunos de outros grupos. E o primeiro programa extra foi um city tour em Pécs (ainda não criei um post sobre a cidade, que vergonha! Está na lista de posts a escrever, é claro). Tivemos uma guia turística profissional que contou um pouco da história da cidade e percorremos o centro a pé. Dividimo-nos em grupos para cumprir umas tarefas numa espécie de rali/gincana: a partir de pistas escritas num enigma, tínhamos que ir a um lugar onde receberíamos a próxima pista. Tivemos depois outros jogos desse tipo e, pelo que um outro professor tinha me contado há algum tempo, esse tipo de rali é comum em países europeus. Foi legal para ter um bê-a-bá sobre a cidade... mas foi bem corrido. Felizmente teríamos outras oportunidades de explorar a parte histórica de Pécs durante o curso.

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Fazendo a matrícula

Depois de falar sobre o alojamento, que tal falar um pouco sobre o registro?

As aulas começaram em 30/07, uma segunda-feira (nossa, faz tempo) e o registro foi feito no domingo à tarde. Algumas pessoas chegaram depois e se matricularam na segunda mesmo.

O pessoal da universidade chegou lá com os formulários. Muita coisa já estava adiantada porque tínhamos enviado as fichas meses ou semanas antes. Nesse momento, recebemos mais alguns detalhes sobre a programação e fizemos as inscrições nos programas extras (passeios, aulas de esporte...). Como falei aqui, era possível optar pelos programas individualmente.

Também na matrícula é feito o pagamento - se bem que existe a opção de transferência bancária para quem quiser pagar antes. Para pagar, nada de euros: tem que ser em forint! Eu tinha aproveitado o início da tarde para trocar dinheiro numa casa de câmbio no shopping.

Boa parte do pessoal era intercambista do Erasmus ou de algum outro programa e recebiam bolsas para fazer o curso, então essa questão de pagamento não afligiu todo mundo. 

Cada um de nós recebeu também um kit contendo: uma sacola de algodão com o emblema da faculdade, caneta quatro cores, crachá, bloco de notas e a programação detalhada do curso. As apostilas seriam entregues no dia seguinte.

Também nessa hora pudemos nos apresentar uns aos outros. Como citei no outro post, a maioria do pessoal era da Europa mesmo: gente da Alemanha, Polônia, Espanha, Itália, Rússia...  e também da Finlândia, Croácia, Estônia... os participantes desses últimos países era mais o pessoal de linguística (finlandês e estoniano são idiomas do grupo fino-ugriano, que inclui também a língua húngara; e, no caso da Croácia, tinha um pessoal participando de uns trabalhos nessa área). A maioria tinha menos de 25 anos e dois terços da turma eram mulheres.

À noite tivemos um jantar de boas-vindas na Faculdade de Medicina, onde teríamos aulas. O percurso entre o dormitório e a faculdade dá uns 20 minutos de caminhada e passa pelo restaurante. A comida estava boa e a conversa também. 

Por enquanto é só. Vou falar sobre o início das aulas num outro post!

sábado, 13 de outubro de 2012

Rufem os tambores: preparando um goulash de soja

Ao amigo internauta que chegou por aqui procurando receitas pelo Google: vou partir do princípio de que, se você digitou goulash, é porque está procurando aquilo que os húngaros chamam de pörkölt, que é um guisado de carne (e aqui vamos usar soja, beleza?). Já falei sobre isso aqui e aqui e, não bastasse, encontrei um ótimo resumo - com direito a uma tabela comparativa que explica tudo direitinho - neste site. Este outro, com dicas de viagem no estilo slow travel, também é ótimo e já foi para a minha lista de favoritos.

Então vamos ao goulash de soja, ou pörkölt de soja, ou... enfim. Inventei uma gororoba com base nas n receitas que andei pesquisando por aí. Rende 3 a 4 porções. Vamos aos ingredientes?

- 1 cenoura picada em cubos grandes
- 1 pimentão amarelo picado em tiras de tamanhos variados (até 1cm)
- 1 pimentão vermelho picado em tiras de tamanhos variados (até 1cm)
- 2 batatas grandes em cubos
- 2 tomates sem sementes picados em tiras não muito finas
- 1 cebola roxa (grande) picada em pedaços finos [optei pela variedade roxa porque é mais popular na Hungria e, como vou falar mais adiante, eu tinha que dar um pouco de legitimidade à receita!]
- 100g proteína de soja texturizada (conhecida como PVT ou PTS)
- 2 colheres de sobremesa (rasas) de páprica doce
- 2 dentes de alho
- sal a gosto
Aí você vai protestar: "como assim, duas batatas? Na foto aparecem seis!" É que as outras ficaram como acompanhamento e não entraram na receita. As cebolas da foto são pequenas. Usei uma e meia.

E os ingredientes comprados na viagem? Pois é, eu precisava dar um pouco de legitimidade magiar à minha receita, hehehe! Vamos a eles.

Falei sobre a soja Haas neste post. Usei a de número 3 (PTS em cubos). Bem, na verdade ela é produzida na Eslováquia e não na Hungria - afinal, vivemos num mundo globalizado. 

E essa PTS é diferente da que temos no Brasil? Vamos ver. Na primeira foto o detalhe da PTS Haas e, na segunda, detalhe da PTS Frutos da Terra (graúda, escura):

PTS Haas

PTS Frutos da Terra
 
As fotos ampliam se clicadas. A PTS Haas é da variedade clara e tem a superfície mais lisa e brilhante. Lembra um pouco aquelas pipocas de milho naturebas com açúcar mascavo. Ou melhor, lembra aqueles biscoitos sem glúten que são vendidos em casas de produtos naturais. Já a PTS Frutos da Terra tem um aspecto um pouco mais esponjoso.

A páprica Szegedi (o nome da marca quer dizer "de Szeged", que é uma cidade da Hungria onde existe um curso de húngaro que já citei) vem numa embalagem com fecho zip lock. Achei tão prático! 

Apesar do nome, talvez eu tenha comprado páprica sérvia, ou uma mistura de pápricas vindas dos dois países.  É o que diz a embalagem.

Uma coisa que achei interessante: a páprica vendida na Hungria vem com prazo de validade em torno de 6 meses, enquanto para as marcas brasileiras esse prazo é em torno de 12 meses. Acredito que o produto fabricado há mais de 6 meses (e menos de 12, é claro) ainda esteja adequado para consumo, mas já não tão fresco.

Szeged realiza um festival da páprica. Veja!

Sim, mas estávamos falando da preparação do goulash:

- comecei deixando as batatas para cozinhar, pois esse é o ingrediente mais demorado; fiz numa panela separada, já que nem todas seriam agregadas à receita;
- enquanto isso, a PTS vai hidratando;
- também pus a cenoura para cozinhar enquanto cortava e lavava os outros ingredientes;
- em seguida: refogar o alho, sal e cebola até dourar. Acrescentar os tomates, os pimentões, a cenoura e as 2-3 batatas. Refogar mais um pouco e acrescentar a páprica:

Aqui eu tinha acabado de acrescentar a páprica e ainda nem a tinha misturado com os outros ingredientes

No meio do caminho, pus uma parte do refogado no liquidificador, bati e devolvi à panela. Tudo para garantir que o goulash tivesse um caldinho. Acrescentei a PTS:

Tudo junto...

... e misturado

Jó étvágyat! (Bom apetite!)

O resultado foi #fail: não hidratei a proteína de soja por tempo suficiente. Foi minha estreia com a PTS graúda (até então eu só tinha usado a de granulação mais fina, para preparar tacos ou molho à bolonhesa) e vacilei feio. O resultado foram cubos duros e borrachudos.

Também achei que os dois tomates deixaram o prato com um gosto meio ácido. Um só - ou duas colheres de sopa de molho de tomate - já teriam sido suficientes.

Faltou uma pimentinha também. Não é um ingrediente muito usado aqui em casa e acabou perdendo a validade.

É isso, pessoal... de 0 a 10, dou nota 5 ou, vá lá, 6. PTS borrachuda ninguém merece!

Atualização (14/10/2012): sabe quando a comida requentada é melhor que a recém feita? Depois de algumas horas a PTS acabou "desemborrachando". \o/

Agora, uma coisa que percebi nas minhas duas tentativas de fazer goulash vegetariano: não havia nenhum ingrediente capaz de quebrar um pouco o gosto do pimentão, como acontece com a versão original - em que a carne faz esse papel. Talvez um pouco de cogumelo (shitake?) refogado e bem desmanchadinho cumprisse essa função e ajudasse a dar uma coloração mais próxima à do goulash. Ninguém precisa saber, é claro! Fica anotada a ideia na busca pelo goulash vegetariano perfeito.