sábado, 15 de fevereiro de 2014

Em Göttingen para o início do curso - um pouco da cidade

Continuando daqui e daqui.

Göttingen, ou Gotinga, é uma cidade medieval de porte médio situada na Baixa Saxônia. Eu pouco sabia sobre a cidade ou a região antes de decidir fazer o curso lá.

Pela tradição universitária, a cidade tem um slogan: "Die Stadt, die Wissen schaft" (algo como "a cidade que alcança o conhecimento") - um jogo de palavras com "Wissenschaft" (ciência). 

A página de informações turísticas é esta aqui.

Para quem sai do Brasil, a opção mais "fácil" de voo seria o aeroporto de Frankfurt ou, talvez, Hannover (nesse caso seria necessário fazer alguma conexão dentro da Europa). Ficam mais perto que Berlim e as opções de transporte também parecem ser um pouco mais práticas. Frankfurt, por exemplo, tem uma estação já no aeroporto. O problema é que, quando simulei voos para Frankfurt, só apareceu maluquice. Alguém está disposto a viajar de Brasília a Campinas e, 22 horas depois, pegar um avião de Guarulhos para Frankfurt? Ou chegar a Guarulhos de madrugada e pegar um voo em Congonhas pela manhã? E, no final das contas, eu estava mais animada para fazer turismo em Berlim mesmo.

Fotos? Tem, sim. Vamos lá:


A bicicleta branca aí em cima é homenagem a uma vítima fatal de acidente. Foi o único memorial desse tipo que vi por lá. A quantidade de bicicletas em Göttingen é uma coisa impressionante. Parece ser realmente a forma de transporte mais prática. A cidade é muito espalhada e algumas distâncias são longas para se percorrer a pé.

O acidente certamente foi uma exceção. As ciclovias e ciclofaixas são bem sinalizadas e todo mundo respeita. Achei os ciclistas de Berlim mais "atrevidos", às vezes serpenteando entre os carros... mas a coisa funciona!

O ônibus parou perto da estação ferroviária. O estacionamento para bicicletas é uma coisa que só vendo! (confira)

Depois de fazer a prova, fui almoçar (lá pelas 4 da tarde) e tirei umas poucas fotos do centro histórico:


  
Este vídeo não tem um formato muito interessante, mas mostra várias atrações da cidade.

Esse aqui é mais legalzinho. Aliás, se você for viajar para a Alemanha e quiser gravar um vídeo mostrando uma cidade lá, é só entrar em contato com a DW-TV e combinar! Você ganha o DVD e aparece na televisão, num programa chamado Hin und Weg. Pensei em participar, mas algumas zebras apareceram e acabei desistindo.

No próximo post eu falo mais sobre o curso e as acomodações.

Tschüs!




[Post relâmpago] - Seleção de bolsistas para o Instituto Balassi

Quem quer fazer um curso na Hungria?
O instituto Balassi está recebendo as inscrições para o ano letivo 2014/2015. O público-alvo são estudantes abaixo de 35 anos.
Mais detalhes sobre o curso de 10 meses e a bolsa - clicou? Agora é conferir, preencher os formulários e reunir os documentos. Boa sorte! :-)

Divagando sobre aprendizado de línguas - e o nivelamento no curso de alemão

Quando comecei a estudar alemão, há algumas décadas (abafa!) as metodologias de ensino de idiomas eram diferentes. O livro usado era o Themen (depois virou Themen Neu, Themen Neu Aktuell...) que, no apêndice, tinha as indefectíveis tabelas-resumo de gramática. Lá pelo 6° semestre de curso já tínhamos visto praticamente todas as declinações e tempos verbais: Konjunktiv I e II, genitivo, tudo isso. Tirei um certificado, o antigo ZDaF (seria mais ou menos um B1 turbinado) e sabia usar as estruturas gramaticais direitinho. Mas se aparecesse um turista alemão perdido, eu travava: traquejo para conversação? Esquece.

Quando voltei a estudar idiomas no final dos anos 1990, vi que as coisas tinham mudado: os alunos eram mais estimulados a falar desde o início, com o instrumental que tivessem. Aprender gramática ainda era (é) importante, mas não existia mais a mentalidade de "aprenda primeiro todas as conjugações/declinações/etc e num dia mágico você estará pronta para falar sem nenhum errinho".

Fiz mais uns anos de pausa e voltei a estudar idiomas. Vejo que hoje os livros praticamente não têm mais os famosos quadrinhos-resumo de gramática que tentávamos decorar antes das provas. Os quadrinhos até existem, mas são parciais e distribuídos ao longo dos capítulos. A ideia é que o aluno vá absorvendo aquilo aos poucos, sem se dar conta de que está, sim, estudando gramática.

O que acho disso tudo? 1) É possível aprender bem usando qualquer uma dessas abordagens; 2) levadas ao extremo, ambas são ruins.

O "dia mágico" realmente não existe! Além disso, é muito frustrante estudar  um idioma por 3 ou 4 anos antes de começar a usá-lo de alguma forma. A experiência na Hungria foi fundamental para me abrir os olhos com isso.

Por outro lado, aquela parada na aula para explicar a gramática de um jeito mais sistemático é muito importante. Vejo pessoas com algum tempo de estrada sentindo-se inseguras com coisas básicas, como trocar nominativo pelo acusativo cursando o B1.

Pouco antes da minha viagem, houve uma DR (discussão de relacionamento) na turma de alemão em Brasília. Estávamos com os resultados da primeira prova e algumas notas tinham sido ruins. A professora levantou a bola: será que todo mundo estava realmente pronto para continuar progredindo nos níveis? Disse ainda que as provas para certificado estão ficando mais difíceis e muita gente, quando vai fazer curso na Alemanha, faz o nivelamento e fica abaixo do nível que estava cursando no Brasil. 

Nessa hora alguns colegas disseram que tinham cometido erros que antes não eram corrigidos por outros professores e, por isso, achavam que estivessem bem - e agora sentiam-se, digamos, um pouco enganados - e muito frustrados.

Por que estou dizendo isso? Porque talvez você tenha chegado aqui pelo Google, esteja prestes a fazer uma prova lá e passe por essa experiência.

O teste online que citei no post anterior é muito voltado para gramática, embora tenha algumas questões mais voltadas para vocabulário. Quando fui fazer o teste "presencial", as professoras já tinham esses resultados e estavam predispostas a me colocar numa turma de C1.

A parte oral do teste foi basicamente uma entrevista: perguntaram quais os meus objetivos, por que eu tinha escolhido fazer o curso em Göttingen, se eu tentaria algum certificado... falei que queria desenferrujar, testar meu conhecimento na rua, aumentar o vocabulário e me desafiar um pouco; mas que o C1 ficaria muito alto para mim.

No fim elas levaram a sério a história de "me desafiar" e me puseram no C1.2. Fizeram uma turma mista de C1.2 e C2, já que havia poucas pessoas para o C2 (uma delas era professora de alemão). O grupo tinha gente de dois perfis: os que falavam praticamente como nativos; e os "enferrujados", como eu.

Tivemos duas mudanças de turma ao longo do curso: uma colega saiu do grupo B2 em que estava, e outra pediu para fazer o curso no B2.

Resumo da ópera: não se impressione demais pelo teste de nível. Ele não diz tudo. Durante as aulas é que você e seu professor terão condições de avaliar melhor se você está realmente no grupo certo.

Tschüs!

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

Curso de alemão - preparativos e chegada

Aqui vou falar um pouco sobre o que me levou a fazer o curso de alemão no Goethe Institut em Göttingen e como foi todo o processo. Bem, vamos lá [veja também este post].

Quem xeretar as tags aí no menu ao lado (aliás, preciso dar uma organizada nas tags também) vai ver que eu já tinha feito um curso intensivo de férias - com duração de 4 semanas - na Hungria em 2012. Gostei da experiência e pensei: por que não fazer um curso de alemão?

Ao contrário do húngaro, que comecei do zero, minha relação com o idioma alemão é antiga. Cursos, longas pausas, curso de novo... mas, quando quero passar do B1 para o B2, parece que a coisa empaca. Haviam sobrado alguns euros da viagem de 2012; eu queria dar uma turbinada no aprendizado, tinha gostado da experiência na Hungria e pensei: por que não?

Como não queria abrir mão de outro curso de húngaro, optei por ficar duas semanas. Pesquisei várias escolas e acabei optando pelo Instituto Goethe, em boa parte por uma questão de credibilidade. Optei por uma instituição com a qual eu já poderia acertar também a hospedagem - se possível numa casa de hóspedes. Eu tinha visto por aí alguns comentários negativos sobre uma ou outra organizadora e não quis arriscar [no comentário aí do link, a usuária reclama que a hospedagem ficou mais cara para ela por estar fazendo o curso].

É verdade que os cursos do Goethe não são baratos e, se fosse para ficar mais tempo - ou se eu estivesse estudando na Alemanha - eu tentaria uma outra escola mais em conta. Aqui vão algumas dicas (aliás, esse blog é fantástico! Sou superfã).

A página do Instituto Goethe tem tudo explicadinho: localização das filiais, algumas características de cada cidade, preços, calendário... vi que em duas cidades o curso de duas semanas acabaria um pouquinho antes: Göttingen e Schwäbisch Hall. Isso era importante por causa da duração das minhas férias. Optei por Göttingen: uma cidade de porte médio e na região de Hannover, onde - dizem - fala-se o alemão mais próximo do Hochdeutsch (o alemão que se aprende nos cursos).

O curso seria em outubro/novembro. Comecei a me mexer em abril (veja o PS lá embaixo): mandei a ficha de inscrição e fiz o pagamento por transferência bancária (eles exigem pagamento adiantado). Cerca de uma semana depois, recebi a confirmação da inscrição junto com um arquivo word em que constavam mais algumas informações práticas: como pegar o táxi (e custo aproximado), horários da recepção, o que eu deveria saber quando chegasse... 

Faltando cerca de uma semana para o curso, o pessoal voltou a entrar em contato por e-mail para me passar mais algumas informações. Recebi também o link para um teste de nível online.

Seguem alguns pontos importantes que estavam nos documentos enviados por eles e que não aparecem na home page:

- tecnicamente o curso começaria numa segunda-feira. A casa de hóspedes, que em Göttingen fica no mesmo prédio do instituto, não aceita check in antecipado. Nada de chegar no domingo! Eles são bem enfáticos sobre isso. O que acontece é que não tem pessoal administrativo no fim de semana. O negócio é viajar na segunda (como eu fiz) ou viajar antes e ficar num hotel.

- O passo seguinte à chegada: fazer as provas de nível. As professoras já tinham os resultados do teste online (bem no estilo desse aqui). Faltava fazer uma entrevista e uma redaçãozinha. Vou escrever mais sobre essa questão do nivelamento em outro post.

- O restaurante no prédio do Goethe Institut de Göttingen tem opções vegetarianas: eu não tinha pedido refeições ao me inscrever, pois não sabia desse detalhe; de qualquer forma, é possível comer lá pagando avulso o valor de cada item ou refeição (café ou almoço). Recomendo fazer assim, pois você pode olhar o cardápio antes.

- Não é permitido fumar em nenhum local dentro do prédio!

- Perguntaram se eu queria fazer um seguro-saúde. Como eu já tinha um - é obrigatório para entrar no espaço Schengen -, falei que não precisaria e tudo bem.

Feito o teste de nível, peguei a chave do quarto (precisei pagar uma caução de 100 euros, que foi devolvida no final do curso) e fui descansar um pouco antes de explorar parte da cidade.

Mais detalhes (com fotos) num próximo post!

PS: Não é necessário fazer a inscrição com tamanha antecedência: as vagas não acabam tão rápido! De qualquer forma, foi ótimo ter feito isso e ter escapado um pouco da alta do euro. :-)

PS2: Desisti de brigar com o editor do Blogspot. Marco o texto, seleciono fonte "Helvética" e tamanho "normal". Por algum motivo misterioso alguns posts ficam com letras enormes e outros, com letras pequenas. Vai entender...

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Tchau, Berlim! Rumo a Göttingen - viajando de ônibus

Depois das emoções da chegada e de um fim de semana em Berlim, hora de partir para Göttingen e começar o curso de alemão no Instituto Goethe. O próximo post vai ser sobre o que me levou a fazer esse curso e como foi o processo de inscrição.

As aulas começariam de fato na terça, e a segunda-feira (o dia da viagem) estava reservado para a apresentação: fazer um teste de nível, pegar a chave do alojamento e receber mais algumas informações.

Ao programar a viagem de Berlim a Göttingen, uma primeira angústia: pesquisando no site da Deutsche Bahn, vi que cada trecho custaria a bagatela de 80 euros [obs: fiz essa pesquisa com mais de 3 meses de antecedência, e refiz outras vezes]. Como assim?!! O bilhete entre Pécs e Budapeste custava em torno de 15 euros, também para viajar em torno de 3 horas e meia. Então segui a dica de uma amiga alemã e fui de ônibus. Veja ótimas informações neste blog.

O blog Agenda Berlim fala mais especificamente da BerlinLinienBus. Só que um site comparativo (que não consegui localizar agora) deu uma informação importante: a principal concorrente na rota, a MeinFernBus, dava direito a dois volumes de bagagem sem cobrança. [O site da BLB foi atualizado: para a primeira e segunda mala cobra-se uma taxa de 1 euro por volume, e 10 euros a partir da terceira mala. Veja aqui]. 

Na primeira tentativa de comprar a passagem pela MeinFernBus, apareceu uma mensagem de erro ao inserir os dados do cartão. Enviei uma mensagem com print de erro em anexo para a página da empresa no Facebook e eles responderam de forma muito educada, mas dizendo que tinham testado e não tinham conseguido reproduzir o problema. No dia seguinte tentei outra vez e a compra deu certo. Saiu por 18 euros o trecho. Comprando um pouco mais em cima da hora, teria saído em torno de 22 euros. O passageiro pode fornecer um número de celular e, caso o ônibus se atrase, você recebe um SMS avisando.

O site da empresa não tem versão em inglês. Para se comunicar com eles nesse caso, uma boa dica é entrar em contato pelo Face.

Até agora falei como foi a compra. E a viagem?

O ônibus sairia às 8:30 da estação rodoviária central (ZOB, ou Zentraler Omnibusbahnhof), no lado que era Berlim Ocidental (aqui). Apesar de a cidade ter uma super rede de transporte público, dei uma de fresca e peguei táxi. Era cedo, eu estava com bagagem pesada... bem, não lembro exatamente quanto custou. Acho que em torno de 18 a 20 euros. Táxi não é barato em Berlim! Ao menos valeu como um tour. Passamos pelo Tiergarten e valeu a vista!

Aquela história de que os táxis lá são modelos de luxo (para nós) é a pura verdade. Mercedão com ar condicionado e conforto. De modo geral os taxistas são mais caladões, não ficam puxando conversa. O que me levou nessa viagem estava concentrado no whatsapp (o aparelho ficava num suporte no painel), digitando alguma coisa em turco.

A rodoviária tem diversos comentários no Google, a maioria num tom bastante negativo: suja, confusa, indigna da cidade...

Não posso dizer muito, pois não procurei os guichês das empresas nem andei pelas lanchonetes, banheiros, etc. Fui direto para a plataforma com meu bilhete impresso. Cruzando o prédio dos guichês e lojas, vi alguns tipos meio estranhos bebendo logo cedo na lanchonete; nada que parecesse ameaçador. Vi também vários cartazes de advertência no quadro de avisos ("cuidado com os batedores de carteira", essas coisas). Sinceramente? Se você tem alguma experiência com viagens de ônibus, já deve ter visto muitas rodoviárias "podrinhas" por aí. A de Berlim me pareceu ajeitada, embora realmente fuja dos padrões de algumas estações ferroviárias que mais parecem shoppings. O que me chamou a atenção é que, no Brasil, uma rodoviária numa cidade de 3 milhões de habitantes seria bem maior.

O ônibus chegou pontualmente à plataforma. Muitos estudantes. Faríamos uma única parada no caminho. O motorista indicou o local das bagagens (dependendo da cidade, ficariam do lado esquerdo ou direito do ônibus) e cada um colocou suas malas. Nada de etiquetas ou comprovantes. 

Cada um sentava-se onde queria. Achei o ônibus confortável. Tinha wi fi - não muito boa, mas tinha. E assim fomos pela estrada em direção a Göttingen numa viagem tranquila.


Fechando o dia em Berlim - Museu de História Natural

No post anterior, falei um pouco sobre as aventuras de um domingo em Berlim. De volta ao hotel - um pouco depois das 16h -, decidi passar no Museu de História Natural (Naturkunde Museum). O site é bem informativo e dispõe de folhetos em vários idiomas (confira em "download infoflyer").

A entrada para adultos custa 5 euros, de acordo com o site - mas, por algum mistério que não questionei, a funcionária me cobrou meia entrada. Bom, né?

Cheguei lá pelas 16:30 e o museu fecharia às 18h. Saí um pouco antes. Foi uma pena: vale a pena passar mais algum tempo lá para ver as exposições com calma. Estavam organizando uma sobre dinossauros no salão central. Pais, crianças, visitantes adultos... todos lá, curiosíssimos observando os esqueletos gigantescos. Muito bom!

Além disso, pude ver parte das exposições permanentes em outras salas: mineralogia e petrologia, zoologia, medicina forense (essa eu não tive tempo de visitar)... é interessante como a curadoria do museu consegue mostrar de forma bem didática como esses temas se interconectam.

Tirei algumas fotos mas, como o site informa que a publicação na internet deve ter autorização da direção ("photo permit", lá embaixo)... melhor não dar bola fora, certo?

Resumindo: vale muito a pena visitar esse museu. Caso você tenha filhos ou queira presentear algum filho de amigo (ou se presentear também, hehe!), vale a pena também passar na lojinha anexa ao café. Lá estão à venda vários kits para pequenos cientistas, livros e brinquedos interessantes.

No dia seguinte - não sem antes ficar perdida em Berlim numa noite chuvosa -, rumo a Göttingen. Mas isso já fica para outro post.

Tschüs!

terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Um dia em Berlim

[Este post já estava rascunhado e é continuação deste aqui]

Dia seguinte, domingo, bora explorar a cidade!
O horário de verão tinha justamente acabado e eu tinha uma hora a mais.

Saí lá pelas 9h pelas ruas do Mitte. Um gelo! Alguns malucos faziam suas corridas. Achei interessante como as pessoas em Berlim (e também em Göttingen, mas talvez aí um pouco menos) praticam atividade física: é gente correndo, andando com cachorro (como tem cachorro!), de bicicleta... também vi mulheres correndo enquanto empurravam carrinhos de bebê ou ainda pedalando enquanto rebocavam os bebês. O que você imaginar, tem lá.

Dei uma caminhada numa poligonal formada pela Invalidenstraße, Friedrichstraße e outras ruas da região. Passei perto de uma sinagoga onde estava havendo uma exposição, mas parece que o número de visitantes era controlado. Em frente havia uma placa, que preferi não fotografar, e dizia basicamente que era proibido pela polícia estacionar, parar (veículos) ou deixar objetos em frente ao prédio. Mais tarde eu veria essa mesma placa em frente a outros prédios, como a embaixada da Rússia. Nesses locais "críticos" sempre também alguns policiais.

Eu sabia que não daria tempo de fazer um supertour por Berlim e resolvi priorizar o que estivesse perto. Passei então no memorial às vítimas do muro. O museu fica de um lado da rua e, do outro, fica uma área verde - como um parque - com um pouco do que sobrou do muro. Eram umas 9, 9 e meia da manhã e havia vários turistas.




Também é possível ver uma parte da estrutura, tubulação, etc que passava por baixo do muro


Lá estão expostos alguns posters de propaganda. O urso ("der Bär") é uma referência à própria cidade


Fotos de algumas das vítimas - algumas crianças entre elas. Nessa foto não aparece, mas alguns desses compartimentos tinham flores colocadas por visitantes. Uma das partes mais emocionantes da exposição

Andei, andei... era domingo e quase tudo estava fechado - felizmente eu tinha feito compras na véspera -, mas é possível encontrar estabelecimentos abertos na parte mais turística, onde eu estava. Encontrei uma loja de souvenir (importantíssimo), tomei um "café metido a almoço" e fui andando... o resultado das caminhadas está nessas fotos:










A cidade estava um canteiro de obras


Esse pássaro parece ser uma espécie de gralha, só que maior. O bicho fez um barulhão que quase me matou de susto!


Essa estrutura ao fundo é a torre de TV







Muita arte de rua

Dei sorte nessa foto, quando o sol resolveu aparecer por poucos instantes




Libertem nossos ativistas! No caso, os ativistas do Greenpeace que estavam no navio no Ártico e foram presos na Rússia


Cartaz em inglês, placa em húngaro... :-)




Livraria especializada

Detalhe da vitrine


Loja de presentes. Achei engraçado e... clic!

Outra coisa que achei interessante: o homenzinho do semáforo (Ampelmännchen). Desde que vi um documentário sobre ele, estava muito curiosa para conferi-lo de perto:





Alguns semáforos para pedestres têm o Ampelmännchen aí das fotos, enquanto outros têm aqueles bonequinhos mais parecidos com os daqui. O fato é que o Ampelmännchen se tornou um símbolo de Berlim, e existe uma loja de souvenir que aproveita isso. 

E o melhor? Encontrei a loja e ela estava aberta! [E cheia de turistas] Comprei um caderno, uma garrafa e mais algumas coisinhas.



A essa altura eu já estava perto do Portal de Brandemburgo (Brandenburger Tor), um dos centros nervosos do turismo na cidade. Nessa região ficam também algumas embaixadas, com destaque para as dos Estados Unidos, Rússia, França e Reino Unido - as potências que dividiram a cidade no pós-guerra e fizeram questão de se afirmar por meio de prédios imponentes. Fiquei impressionada com a embaixada da Rússia. É enorme! Alguns policiais na frente e uma placa com aviso de que era proibido estacionar em frente, deixar objetos, etc. Essa placa também estava presente em outros locais "críticos", como escrevi no início do post. Mas, apesar do policiamento ostensivo nesses lugares, não senti nenhum clima de paranoia. De qualquer forma, evitei sair tirando muitas fotos nessas áreas. Mas aqui vai uma da embaixada da Rússia:



E do outro lado da rua...



Aqui vai uma do Portal de Brandemburgo. Muitos turistas, alguns sujeitos vestidos de soldados prontos para ser fotografados... a essa altura já começava a escurecer. Fiquei pouco tempo e rumo ao hotel!




Rio Spree, que corta a cidade


Aviso de obras no metrô

Por enquanto é só. Tschüs!

Está difícil, mas...

Sério, gente! Cada vez que venho aqui é com um "metapost" tentando prometer voltar?!

Gosto de escrever aqui. É uma terapia, válvula de escape, um pouco de tudo. Só que às vezes a vida "extra-blog" tem suas correrias.

E no momento estou numa pausa forçada. Torci o pé ao fazer caminhada, rompi um ligamento e o resultado: gesso e castigo. Só assim para colocar escrita e leitura em dia. :-(

Estou com zilhões de anotações que fiz ao longo de 2013, principalmente sobre as viagens e os cursos. Algumas informações que acho interessante compartilhar aqui, pois podem ser úteis para quem queira fazer um programa parecido. É curioso: tive dificuldade em encontrar na internet opiniões de pessoas que fizeram os mesmos cursos que eu. Acredito (não sei se já escrevi isso aqui) que a turma se envolva nas aulas, provas, etc... e fique sem tempo de dar atenção aos blogs.

Resultado: acumulei anotações e fiquei um tempo buscando forma e sequência perfeitas para postá-las aqui. E concluí que vou postar fora de ordem mesmo! Infelizmente os posts vão perder aquela espontaneidade que teriam se eu escrevesse tudo com o meu humor do dia, as lembranças frescas na cabeça... mas enfim, o ótimo é inimigo do bom. De outra forma, eu acabaria nunca voltando a esta casinha virtual. 

E vamo que vamo!