quinta-feira, 9 de junho de 2016

Medellín - introdução, bairros, transporte

Ainda não fiz a "apresentação" de Medellín no blog.

Bem, muitos sites têm informações exatas e detalhadas. Aqui é só o basicão mesmo.

Medellín é a segunda cidade da Colômbia em população (aprox. 2,8 milhões de habitantes) e é a capital do departamento de Antioquia. Os habitantes são conhecidos como paisas. É conhecida também como a "cidade da eterna primavera": as temperaturas geralmente oscilam entre 20 e 25 graus e não há uma definição rígida entre época de chuva e época de estiagem. Na verdade, existem dois picos pluviométricos no ano: um em abril/maio e outro em outubro. Estive lá justamente em abril e quase sempre o tempo estava meio nubladinho; mas, quando chovia, normalmente era rápido. Acho que peguei umas duas ocasiões de chuva forte e só.

Vista do Cerro Nutibara

A cidade está a cerca de 1.500 metros acima do nível do mar, o que não é suficiente para causar o temido mal da altitude. É banhada pelo rio Medellín e cercada de montanhas.


Divisão administrativa do município (fonte)

Onde ficar

Pela maior parte dos blogs que encontrei, principalmente voltados para expatriados americanos e europeus, parece que o hype é mesmo o bairro dos mais ricos: El Poblado, na parte sul. É onde fica boa parte dos hostels e hotéis, centros empresariais, bares e festas badalados...

Outra opção para os festeiros é Laureles - justamente o bairro onde fica a UPB. Laureles é mais classe média. Tem a Carrera 70, com sua concentração de restaurantes e bares, e também ruas residenciais mais tranquilas. 

O bairro onde fiquei: Belén Rosales. Bem residencial, tranquilo, cheio de pracinhas e de verde. Casas geminadas, prédios baixinhos, gente passeando com cachorros... minha ideia é falar um pouco mais desse bairro quando escrever um post sobre minha experiência com hospedagem.

Por enquanto vocês podem ver algumas fotos desses e outros bairros no Flickr!

Transporte

Andei muito a pé. Do albergue até a UPB fazia uma caminhada de uns 15 minutos. Também usei bastante os onipresentes táxis (sério, a impressão que dá é que pelo menos uns 20 a 30% da frota de carros de Medellín devem ser táxis). Dizem que em algumas cidades latinoamericanas é contraindicado pegar táxi na rua, pois existem taxistas bandidos à caça de vítimas. Pois bem: em Medellín eu fazia sinal na rua mesmo e não me senti ameaçada nenhuma vez. Ah, e, ao contrário do que vi em alguns recantos da internet, todos os táxis que peguei em Medellín tinham taxímetro. A bandeirada inicial estava custando 2700 pesos. A corrida mais cara que paguei custou 12000 pesos, entre a Unidad Deportiva Belén e o CC Santafé, no Poblado.

Dica: antes de pegar táxi, anote os endereços do local onde está hospedado e dos locais aonde você vai. Facilita bastante, porque explicar e entender aqueles endereços codificados de calles e carreras nem sempre é fácil. Palavra de quem mora em Brasília e está acostumada a endereços alfanuméricos "lógicos". 


Táxis nas imediações da Plaza Botero. Na foto se vê também a linha elevada do metrô

Outra opção, dependendo do bairro, é o metrô. São duas linhas construídas sobre vias elevadas. Uma coisa interessante do metrô de Medellín é que existem estações também em municípios vizinhos, como Itagüí e Sabaneta. O bilhete ida e volta custa 4300 pesos e serve também para o metrocable.

O metrocable, copiado em outras cidades, é um sistema de teleféricos que funciona como uma extensão do metrô para atender os bairros situados nas encostas. Fiz um percurso nesse transporte e pretendo comentá-lo num post futuro sobre os passeios.

Tem também o VLT, ou tranvía, como eles dizem. Inaugurado no final de 2014. Não cheguei a usar porque não estava na minha rota.

Um transporte que sempre rende gracinhas entre os brasileiros são os micro-ônibus, lá conhecidos como busetas. OK, nada originais essas piadas. :-/ Já os veículos são bem originais, muitos deles decorados com neon. Dicas sobre percursos aqui, mais informação aqui. O bilhete custa 1900 ou 2000 pesos, dependendo da rota.

Também tem um sistema de BRT chamado Metroplus, que não usei porque não estava no meu roteiro; e um sistema de empréstimo de bicicletas chamado Encicla. A rede de ciclovias é pequena e me pareceu que o cicloativismo está começando por lá.

 Bicicletas para empréstimo - programa Encicla

Para quem quiser alugar carro ou mesmo fazer uma viagem aventureira a partir do Brasil (por que não?), vale dizer que lá e nas principais cidades da Colômbia existe um sistema de rodízio de veículos chamado Pico y Placa. Cada placa fica impedida de circular durante dois dias na semana. A associação entre número final da placa e dia da semana com restrição muda periodicamente: um carro pode agora ter restrição para rodar às segundas e quintas, por exemplo, e daqui a um semestre a restrição passar para terças e sextas.

Além disso tem as motos e motonetas, numa quantidade talvez ligeiramente maior à que vemos em Brasília.

Para quem usa muito transporte público, a dica é fazer um cartão com redução de tarifas (programa Cívica). Não usei e, como diz a diva Glória Pires, não posso opinar; mas vi muita gente dizer que vale a pena.

Por enquanto fico por aqui. Até a próxima! 

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