sexta-feira, 3 de junho de 2016

Medellín - a chegada

O avião pousou e a curiosidade era forte. Tendo viajado no corredor, nem tive o gostinho do preview pela janela. Agora era pegar um carimbo no passaporte e a bagagem na esteira.

Foi tudo rápido e tranquilo. A funcionária da imigração me perguntou a profissão (é de praxe) e o objetivo da viagem. Falei que ia fazer um curso e já entreguei a carta-convite. Ela olhou um instante, carimbou, anotou na estampa o tipo de permiso e... "bienvenida!" \o/

Dica: tenha anotado o endereço de onde vai ficar. Em Cartagena pediram, em Medellín - pelo menos dessa vez - não. É bom ter sempre esse endereço anotado, de qualquer forma, também para facilitar sua vida com os taxistas.

Além de recolher as bagagens, tem a inspeção da aduana - que nunca sei muito bem como funciona. A funcionária pediu para botar a bagagem na esteira de inspeção e depois sumiu! Sei lá, era só isso? Fui ao balcão de informações turísticas pegar o mapa da cidade. E rumo a Medellín!

A cidade é atendida por dois aeroportos: Enrique Olaya Herrera (EOH), pequeno e dentro do perímetro urbano. A comparação com o Santos Dumont ou Congonhas não cabe aqui, pois é um aeroporto realmente bem pequeno. Uma curiosidade é que nesse local morreu Carlos Gardel em 1935, num acidente durante uma operação de decolagem. O outro aeroporto, que recebe aviões de grande porte, é o José María Córdova (MDE), que na verdade fica no município de Rionegro - a uns 50km de Medellín. 

Minha ideia inicial era pegar um táxi (tabelado a 65.000 pesos), mas antes de encontrar o balcão já vi o ponto de saída dos microônibus que fazem o mesmo serviço a 9.000 pesos. #partiuônibus #boraeconomizar

A empresa que presta esse serviço é a Combuses. Os ônibus têm um bagageiro na parte de trás e você recebe umas peças de plástico numeradas que identificam sua bagagem. O pagamento é feito já dentro do ônibus. Tanto na ida quanto na volta encontrei um homem que recolhia o dinheiro, dava o troco e depois pedia um instante da atenção dos passageiros para mostrar uma coleção de brochuras que estava vendendo. Ele tinha todo um discurso para mostrar o quanto seus livros tinham informação interessante. Tudo falado com a pronúncia clara à qual eu me acostumaria depois. Comprei um atlas da Colômbia (bem simples) dentro do objetivo de tentar sempre aprender alguma coisa sobre os lugares que visito.

Aqui você encontra mais informações sobre o trajeto. E aqui em português, no ótimo e sensacional blog O nome disso é mundo. O pessoal que escreve sobre Medellín está lá há algum tempo, dá ótimas dicas e escreve muito bem. Pena que eu já tivesse descoberto o blog depois que voltei; nem pude conhecer os autores pessoalmente.

O ônibus seguiu por uma estrada sinuosa num dia nublado, passando por grupos de ciclistas. Não é à toa que as equipes colombianas de ciclismo estão sempre se destacando nas competições. Onde houver uma estrada cheia de subidas, os loucos atletas estão treinando sem medo de ser atropelados.

Descemos em frente ao Centro Comercial San Diego. Ali um rapaz pegou minha bagagem, pôs num táxi e com isso tive que pagar uma gorjeta para ele. Paguei com o pouco trocado que tinha. A cidade num ritmo veloz de um sábado pela manhã. O pessoal de Medellín corre para aproveitar a manhã de sábado resolvendo aqueles assuntos pessoais que não dá tempo de resolver durante a semana; fazer compras, levar carro à oficina, etc. E, bem, eu ali grogue depois de uma noite não dormida num 737.

O taxista me deixou no bairro Belén Rosales, que seria meu lar pelo próximo mês. Mas isso já é assunto para outro post!

Obs: aqui já vai a dica para a volta: os ônibus que saem de Medellín rumo ao aeroporto não necessariamente param no CC San Diego. É mais garantido pegá-los no ponto inicial, perto do Hotel Nutibara (região central). O ônibus que peguei, por exemplo, não passou lá. Dizem que do San Diego saem uns táxis compartilhados. Como tenho um pé atrás com transportes "alternativos", preferi pegar o ônibus no centro mesmo.   



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