segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Destino: Berlim

Passada a fase de inscrição, o passo seguinte era comprar a passagem.

O documento que recebi do Goethe depois de confirmada a inscrição dava algumas orientações para quem desembarcasse nos aeroportos de Hannover ou Frankfurt.

Só que Hannover não recebe voos diretos do Brasil. E para Frankfurt, as opções de voo que apareceram nas simulações eram as piores possíveis: ou maluquices de mudança de aeroporto (exemplo: desembarque em Viracopos e embarque em Guarulhos 22 horas depois) ou tempo de conexão muito reduzido... então optei por viajar para Berlim pela TAP. Brasília - Lisboa (com pouco mais de 3h para fazer a conexão, o que achei bem razoável) - Berlim.

Os voos foram tranquilos. O embarque em Brasília está um pouco prejudicado pela reforma do aeroporto (ficar em pé numa longa e parada fila, e respirando aquele cheiro de solda e solvente é meio incômodo), mas o importante é que deu tudo certo. Na sala de embarque, um sujeito usava uma camiseta com mensagem canábica explícita. Devia ser cidadão da UE, porque arriscar encrenca na imigração é muita loucura mesmo. Fiquei só na curiosidade, pois não sei que rumo ele tomou. 

Talvez pelo pouco contato com a equipe do Goethe antes do curso, não consegui antecipar a emoção da viagem. Ficava todo mundo me dizendo: "e aí, pronta para o grande dia?" e eu: "é mesmo...". Não que eu não estivesse feliz. Simplesmente parecia tudo muito distante. Mesmo na sala de embarque em Lisboa, ainda não tinha caído a ficha (!). Com um numeroso grupo de russos em excursão, nem o idioma das conversas alheias me ajudava a entrar no clima. A decolagem teve um atraso de 30 minutos. Nada que tenha complicado a viagem.

Então o avião pousou e a ficha desceu. Finalmente! Acho que outro motivo para eu ter demorado a absorver a ideia do curso foi o medo: medo de não conseguir me comunicar e ficar frustrada. Na Hungria eu não tinha isso, porque não tinha grandes expectativas sobre minhas possibilidades de comunicação. Já sei que sou iniciante (OK, A2: "falsa iniciante") mesmo!

Berlim tem dois aeroportos funcionando: Tegel e Schönefeld. A TAP voa para esse último. Um terceiro aeroporto, que deve substituir esses dois, está em construção. Mais explicações aqui, com todas as orientações direitinho sobre como sair dos aeroportos rumo à cidade.

Já na área da esteira de bagagem tem um painel explicando as opções de transporte. Eu já tinha impresso algumas orientações antes de viajar. Só que o sistema de transporte em Berlim é tão perfeitinho que parece ser feito para pessoas perfeitinhas e eu estava me sentindo a arigó-master que não conseguia localizar a estação para pegar o trem RB14. Até que, pelas tantas, pedi ajuda a um sujeito com cara de estudante. Ainda bem. A estação é próxima (acho que dá uns 200m), mas não é visível para quem está na área dos táxis e ônibus.

Também tive medo de não saber como validar o bilhete e pedi ajuda a outro universitário. Fiz a validação numa das máquinas que ficam na plataforma. O processo é simples: você insere o bilhete e a máquina faz um furinho. Veja aqui.

Viajei com 24kg de malas - sem falar na bagagem de mão, bem pesada. Como é chato pegar transporte coletivo com essa tralha toda! Mas não teve jeito: precisei trazer alguns livros (para outro curso que estou fazendo) e roupa de frio.

Enfim... desci na estação Friedrichstrasse e, em vez de pegar mais transporte coletivo, optei por um táxi até o hotel. Assim ficaria logo livre daquele peso todo e poderia tomar uma ducha quentinha. Ah, para montar os roteiros em Berlim é só usar esse planejador de rotas.

A corrida de táxi saiu por uns 10 a 11 euros. O taxista não me destratou nem nada, mas senti que ele parecia meio impaciente enquanto eu catava as moedas para tentar pagar no valor certo. Não consigo identificar moedas de euro à primeira vista, e tenho percebido essa "angústia" por parte do pessoal. O resultado é que tenho pago muita coisa em cédulas... e não é bom acumular moedas, pois as casas de câmbio no Brasil geralmente não aceitam trocá-las [consegui fazer isso só na Confidence, e em condições bem específicas: moedas acima de 50 centavos, totalizando no mínimo 20 euros].

Outra coisa que notei é que os taxistas parecem não ser puxadores de conversa. Ao menos isso não aconteceu em nenhum dos três táxis que peguei até agora. 

Bem, pessoal... o hotel vai merecer um post específico. Por enquanto vou ficando por aqui.

Tschüs!

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