quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Passeio em Püspökszentlászlo

Sziasztok!

O post de hoje é sobre uma das excursões que fiz no curso... em 2012! (ops...)

O pessoal do curso de 2013 foi a esse lugar também (quem fez o curso de 4 semanas). É a segunda excursão do curso. 

Püspökszentlászló é uma pequena aldeia na região. Fomos de ônibus até uma outra cidadezinha próxima e seguimos a pé por uma estradinha idílica. 

O nome do local faz referência a São Ladislau da Hungria. [Parênteses: a formação do Estado nacional húngaro, na Idade Média, é fortemente relacionada ao catolicismo. Erzsébet, István, Lászlo, para citar alguns nomes bastante populares por lá, foram reis católicos importantes na história do país. Em 2001 - dados antiguinhos! -, os católicos romanos respondiam por 51% da população, e concentravam-se principalmente nas partes oeste e central do país]. 
 


Na estrada, vimos essas ameixas. Lindas... mas estavam verdes :-(
Casa na beira da estrada
Ao subir a estrada rumo ao local em que passaríamos o dia, o clima ia mudando. As temperaturas iam ficando mais baixas (chegaram a talvez uns 18 graus!) e a umidade ia aumentando.

Finalmente chegamos à antiga sede do bispado da região. O local é administrado por um grupo de freiras e funciona também como casa de retiros. No passado, abrigou peregrinos e - pelo que nos disseram - também alguns fugitivos do nazismo.
Túmulos de freiras que viveram no local

 
Fomos recebidos com um almoço simples e muito gostoso. Para a turma vegetariana, tinha falafel. Em seguida, teve oficina de artesanato. A proposta era fazermos algumas coisinhas e, para isso, contamos com as aulas do pessoal do Míves Mag Műhely. Todo o material também estava organizadinho nos esperando.

 Amostras dos mini-ursos

 
Amostras dos móbiles de galinhas de tecido. Teve gente que usou para enfeitar a ecobag que ganhamos de brinde no curso
 
Flores de palha de milho

Biscoito de gengibre, que deveria ter sido lindamente enfeitado; mas não tenho jeito para essas coisas!

Material para fazer os móbiles

 
 Lã para fazer bijuterias

Fiz uma flor de palha de milho, mas ficou tão sem graça! Aí parti para as bijuterias de lã: você mergulha a lã em água com sabão e fica fazendo bolinhas (é meio terapêutico) até secar e encolher. Aí é só espetar aqueles araminhos de biju e fazer colares, brincos, etc com as bolinhas coloridas. Fiz um colar meio sem graça, mas está aqui em casa como lembrança física do curso. Acho que a proposta era bem essa.

Esse passeio me fez pensar como temos no Brasil um certo preconceito com trabalhos manuais, artesanato, essas coisas. Na minha turma havia umas russas que ficavam fazendo bordados após a aula, e levavam essa atividade bem a sério. Se bem que outro dia li em algum lugar que algumas atividades antes consideradas "mulherzinha" estão agora sendo vistas quase como uma militância libertária. Em tempos de trabalho escravo nas confecções, fazer o seu tricozinho pode ser mesmo uma forma de driblar as grandes corporações que andam explorando pessoas por aí. [Artigo sobre o craftivism]

Também tivemos apresentação de grupos folclóricos:

No caminho até o local onde estava o ônibus, fomos seguidos por essa filhote que já havia nos seguido no caminho de ida. Fiquei com muita vontade de ter adotado essa figurinha tão carente. O &%$ é que meu condomínio proíbe animais e, além disso, seria um complicado procedimento internacional:
Essa filhotinha estava com um esfolado circular nessa parte que censurei

Monumento misterioso na beira da estrada

O local é lindo e bucólico; mas acho que eu não estava muito na vibe do dia, e talvez por isso tenha aproveitado essa excursão menos que as outras. Se você é muito festeiro e gosta de agitação (o que nem é meu caso), talvez também não aproveite tanto. Por outro lado, uma das meninas veio comentando comigo o quanto esse passeio tinha sido inspirador e para escrever alguns poemas (bem, além do bucolismo do passeio, ela tinha uma paixonite por algum budapestino misterioso!). Como não leio russo, não pude conferir.
Viszlát!



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